PLANALTO

Lula cancela viagem à Rússia após acidente doméstico e participa de cúpula do Brics por videoconferência

O caso não é grave, mas a recomendação médica é que o presidente evite viagens de longa duração

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante foto oficial dos Líderes do Brics em Joanesburgo, na África do Sul, em agosto de 2023. - Ricardo Stuckert / PR

Texto atualizado às 15h50 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sofreu um acidente doméstico e cancelou a viagem para a Rússia prevista para este domingo (20). Segundo o Planalto, o cancelamento atende a uma orientação médica, "devido a um impedimento temporário para viagens de avião de longa duração". 

Conforme boletim médico divulgado pelo Hospital Sírio Libanês de Brasília, Lula deu entrada na unidade com um corte na nuca, descrito como "ferimento corto-contuso em região occipital".

O documento diz ainda que o presidente permanece sob acompanhamento de equipe médica, aos cuidados dos médicos Roberto Kalil Filho e Ana Helena Germoglio.

Na Rússia, Lula participaria presencialmente, na próxima semana, da 16ª Cúpula do Brics, que acontece em Kazan, entre os dias 22 e 24 de outubro. Com o impedimento, o presidente participará do evento por videoconferência, informou o governo. 

Após o cancelamento da viagem, o Kremlin foi questionado sobre uma possível relação com a negativa de Putin de vir ao Brasil para o G20, em novembro. 

À agência russa Tass, o porta-voz Dmitry Peskov disse que "esse pensamento não poderia sequer passar pela cabeça", descartando qualquer possibilidade ligação entre as duas coisas. 

Primeira cúpula com novos membros

Está será a primeira cúpula do Brics com a participação de Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Etiópia, países que ingressaram ao bloco neste ano. 

Na cúpula em Kazan, os países membros do Brics farão uma declaração conjunta intitulada Fortalecendo o Multilateralismo para o Desenvolvimento Global Justo e Seguro, que é resultado das negociações setoriais dos Estados-membros. Também deve estar na pauta de discussões a crise do Oriente Médio. 

Segundo o Itamaraty, a criação da categoria de países “parceiros” será o principal tema de debate entre os chefes de Estado. “Na Cúpula de Joanesburgo, em 2023, foram incorporados novos membros plenos e, naquela ocasião, se encomendou ao canal de Sherpas a elaboração da categoria de parceiros. É nisso que é consumido o nosso trabalho neste semestre, quais são os critérios para essa modalidade, e há uma expectativa de que, aprovada essa modalidade, possa ser feito um anúncio dos países que seriam convidados para integrar essa categoria”, explicou o embaixador Eduardo Paes Saboia, secretário de Ásia e Pacífico do Itamaraty, em coletiva de imprensa no dia 14 de outubro.  

 

 

Edição: Geisa Marques