A deputada federal Tabata Amaral (PSB) declarou apoio ao candidato Guilherme Boulos (Psol) na disputa pela Prefeitura de São Paulo. O segundo turno será entre o psolista e o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), no dia 27 de outubro.
Com 99% das urnas apuradas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Nunes teve 29,49% e Boulos, 29,04%. Em terceiro lugar, Pablo Marçal (PRTB) ficou de fora da disputa com 28,14%. A candidata do PSB teve 9,93% dos votos.
Mesmo sem 100% das urnas apuradas, a candidata declarou apoio a Boulos e disse que se trata de "um voto de coragem": "Eu vou votar em Guilherme Boulos [no segundo turno]. Porque eu não consigo e não conseguiria jamais colocar o meu voto em um projeto liderado por Ricardo Nunes. Mas saibam, eu e Guilherme Boulos representamos projetos absolutamente diferentes para São Paulo e para o Brasil", afirmou a deputada federal.
"Eu não estou fazendo juízo de valor na qual eu acredito, o grupo político na qual eu tenho alegria de liderar, é um projeto diferente para São Paulo. Um voto de coragem porque é isso que as 600 mil pessoas esperam de mim. São projetos diferentes, mas a gente vai seguir caminhando manhã, tarde e noite para que a gente possa ter SP do jeito que a gente merece", concluiu.
Na noite deste domingo (6), Boulos desenhou a campanha no segundo turno, que deve aumentar o tom contra Ricardo Nunes (MDB). Em coletiva de imprensa, o candidato falou sobre o boletim de ocorrência registrado por Regina Carnovale Nunes contra o seu marido, o emedebista, por violência doméstica, ameaça e injúria, em fevereiro de 2011. Boulos também se colocou como o candidato da mudança em contraposição ao atual prefeito.
"Nós temos alguém com a trajetória muito suspeita, que eu tenho certeza que nos debates desse segundo turno vai ter muita dificuldade para dizer o que fez nos verões passados. Alguém que tem, inclusive, que responder por boletim de ocorrência de violência contra a mulher. É isso que está em jogo aqui. A partir de janeiro do ano que vem, nós vamos garantir que metade da Secretaria de São Paulo sejam comandadas por mulheres. É isso que vai estar em jogo nas próximas três semanas. Eu confio muito na decisão do povo de São Paulo", disse Boulos.
Edição: Nathallia Fonseca