Um ataque promovido na sexta-feira (27) pelas Forças Armadas de Israel em Beirute, capital do Líbano, matou Sayyed Hassan Nasrallah, líder do grupo armado libanês Hezbollah. O próprio Hezbollah confirmou a morte de Hassan Nasrallah neste sábado (28).
O bombardeio de Israel a Beirute deixou pelo menos seis pessoas mortas e outras 91 feridas, segundo o governo do Líbano. O ataque foi realizado horas depois de o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, discursar na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York.
Israel anunciou a morte de Hassan Nasrallah primeiro em suas redes sociais. O Hezbollah, mais tarde, confirmou o fato, prometendo manter o conflito contra Israel.
Os ataques entre os dois países se intensificaram nas últimas semanas. Pagers e aparelhos de comunicação por rádio usados no Líbano explodiram simultaneamente, deixando mais de 30 mortos e milhares de feridos numa ação que aparenta ser coordenada por Israel.
O Hezbollah respondeu lançando mísseis sobre Israel. Israel também bombardeou o Líbano, deixando mais de 700 mortos. Os ataques também causam migração em massa: mais de 50 mil libaneses e sírios que viviam no Líbano fugiram para a vizinha Síria, segundo a ONU.
Autoridades de Israel têm afirmado que o conflito contra libaneses é a nova frente da guerra na Palestina iniciada há quase um ano, após um ataque do Hamas a Israel. Israel, então, lançou ataques frequentes a Gaza e invadiu o território.
A morte de Hassan Nasrallah pode escalar o conflito. Autoridades do Irã já declararam que estarão ao lado do Hezbollah.
Edição: Raquel Setz