A economia brasileira cresceu 1,4% no segundo trimestre de 2024. A alta do Produto Interno Bruto (PIB) do país foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (3) e superou as expectativas para o indicador.
Segundo o Ministério do Planejamento, economistas do mercado estimavam um crescimento de 0,9%. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), disse que o próprio governo estimava um crescimento de 1,35%.
O índice alcançou R$ 2,9 trilhões no segundo trimestre. Comparado ao valor do mesmo trimestre do ano passado, é 3,3% maior.
O PIB é a soma de toda a produção nacional durante o ano e principal indicador da atividade econômica nacional. Durante os últimos doze meses, o índice acumula alta de 2,5% ante o ano imediatamente anterior.
O crescimento foi puxado principalmente pela indústria, que cresceu 1,8% no trimestre e 3,9% na comparação com o segundo trimestre deste ano e o mesmo período do ano passado.
"A indústria voltou forte e a formação bruta do capital fixo também ficou acima da expectativa", comemorou Haddad. "Temos que olhar para o investimento porque ele que garante um crescimento com baixa inflação. Se não aumentarmos nossa capacidade instalada, teremos dificuldade de crescer sem inflação".
O setor de serviços também cresceu, registrando 1% no trimestre. No segundo trimestre de 2023 para 2024, o setor cresceu 3,5%.
Já a produção agropecuária, que havia puxado o crescimento do PIB em 2024, encolheu 2,3%. Acumula queda 2,9% na comparação do segundo trimestre de 2023 com o mesmo período deste ano.
Expectativa
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estima que a economia brasileira cresça 2,5% durante todo 2024. Haddad disse que essa estimativa deve ser revista após o resultado do trimestre. "O PIB deve superar os 2,7% ou 2,8%", disse. "Há instituições que estimam um crescimento de 3%."
Economistas ligados a bancos preveem que a economia brasileira crescerá 2,46%. O percentual na edição do Boletim Focus divulgado pelo Banco Central na segunda-feira (2).
No início do ano, esses profissionais previam que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceria 1,5% em 2024. Naquele momento, a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda já previa alta de 2,2%.
Com o passar dos meses, os economistas de bancos foram elevando suas projeções. Em agosto, elas se igualaram às divulgadas pelo governo ainda no primeiro semestre do ano.
*Atualizada às 11h33
Edição: Nathallia Fonseca