Política estadual

Rio Grande do Sul sanciona lei de fomento à agricultura sustentável e regenerativa

Lei prevê linhas de crédito diferenciadas e subsidiadas a agricultores que investirem em tecnologia sustentável

Brasil de Fato | Porto Alegre (RS) |
Proposta visa fomentar uma agricultura mais limpa, com redução do uso de agrotóxicos
Proposta visa fomentar uma agricultura mais limpa, com redução do uso de agrotóxicos - Agência Brasil

O Rio Grande do Sul passa a ter uma política estadual de fomento à agropecuária regenerativa, biológica e sustentável. A publicação saiu no Diário Oficial do Estado nesta quinta-feira (29) e acontece dias após a aprovação no plenário da Assembleia Legislativa do projeto 104/2023.

De autoria do deputado estadual Adão Pretto Filho (PT), a proposta visa fomentar uma agricultura mais limpa, com redução do uso de agrotóxicos e do impacto ambiental causado pelos agroquímicos nas lavouras gaúchas.

O estímulo à agroecologia é uma prática que fortalece o solo e o torna menos suscetível aos fenômenos climáticos, como as enchentes e estiagens.

Dentre as propostas que passam a vigorar com a nova lei estão o apoio do governo estadual por meio de linhas de crédito diferenciadas e subsidiadas a agricultores que investirem em tecnologias sustentáveis de baixo impacto ambiental. Além disso, será oferecida desoneração fiscal para quem investir na transição agroecológica.

Segundo Pretto, a nova política de fomento à agropecuária regenerativa, biológica e sustentável vai dar aos produtores maior autonomia e liberdade de escolha na hora do plantio. "Agricultores estão adoecendo devido à exposição aos químicos, nossa comida vem cada vez mais carregada de agrotóxicos. Tudo isso devido à busca incessante pelo lucro das multinacionais", explica.

Como alternativa, a nova legislação propõe o uso de bioinsumos e a construção de biofábricas para que os insumos sejam produzidos nas propriedades. Dessa forma, os agricultores reduzem o custo do plantio e aumentam a rentabilidade das lavouras. Os bioinsumos podem ser de origem animal, vegetal ou microbiana.

Outra proposta contida no texto da lei é a prioridade do governo do estado em adquirir alimentos produzidos nesse formato sustentável.

Em visita à Expointer, o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, disse que vai utilizar o modelo que está entrando em vigor no Rio Grande do Sul para fomentar a sustentabilidade no campo no país. "A partir daqui, espero que todos os estados brasileiros aprovem leis parecidas e que possamos aprovar uma lei como essa no Congresso Nacional", disse.


Fonte: BdF Rio Grande do Sul

Edição: Vivian Virissimo