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Em sabatina no BdF, Ricardo Senese afirma que apenas UP e extrema direita atuam na periferia

'Situação que vivemos hoje precisa de uma organização classista e rebelde que lute contra o fascismo', disse o candidato

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Ricardo Senese, candidato da UP à prefeitura de São Paulo, esteve nos estúdios do Brasil de Fato para sabatina - Reprodução / Brasil de Fato

Candidato da UP para a disputa eleitoral pela prefeitura de São Paulo, Ricardo Senese foi sabatinado no programa Três por Quatro, do Brasil de Fato, nesta quinta-feira (29), e disse que seu partido, hoje, disputa espaço apenas com a extrema direita nas periferias da cidade.

“Nós não queremos demarcar dentro do nosso campo, queremos chamar a atenção e fazer um trabalho popular nas periferias. Nós temos visto na periferia no ano inteiro a Unidade Popular fazendo porta a porta e as candidaturas de extrema direita fazendo um trabalho político-ideológico”, afirmou Senese.

Na entrevista, o prefeitável criticou a candidatura de Guilherme Boulos (PSOL) e explicou porque seu partido decidiu não formar uma aliança com os psolistas no primeiro turno: o motivo, assim como nas eleições de 2020, foi a incorporação de Marta Suplicy (PT) à chapa, ato que confirmou e formalizou a aliança do PT com o PSOL em São Paulo.

“Se olharmos o que é a chapa, trazendo a Marta (Suplicy), que foi uma pessoa que votou pelo impeachment [da presidenta Dilma Rousseff] e fez todo um movimento à direita, é pra ir ao centro, não é para reivindicar as bandeiras históricas da classe trabalhadora.”

Segundo Senese, as diferenças entre a candidatura do PSOL e da UP passam pelo “entendimento que a situação que vivemos hoje precisa ter uma organização classista e rebelde que lute contra o fascismo. Inclusive, temos feito muitas ações nesse sentido.”

Confira a sabatina na íntegra:

A sabatina com o candidato da UP foi a segunda da série organizada pelo Brasil de Fato com candidatos à prefeitura da capital paulista. Altino Prazeres, do PSTU, foi o primeiro a participar. Na próxima quarta-feira (4), Guilherme Boulos será o entrevistado.

Edição: Felipe Mendes