A candidata democrata à Presidência dos Estados Unidos, Kamala Harris prometeu nesta sexta-feira (16) ajudar as famílias estadunidenses com créditos fiscais para quem tem recém-nascidos com valores de até 6 mil dólares (32,7 mil reais).
Sustentar o poder de compra por meio de medidas fiscais e novas regulamentações e enfrentar a crise habitacional são as propostas que a vice-presidente dos EUA apresentou nesta sexta em seu programa econômico, imediatamente descrito como "comunista" por seu adversário republicano, Donald Trump. Entre as medidas anunciadas pela equipe da candidata democrata está a construção de três milhões de novas casas para resolver a “escassez” habitacional.
Isso é complementado pela assistência ao comprador de primeira viagem de até 25 mil dólares (136,5 mil reais na cotação atual), além de leis para desencorajar a especulação imobiliária. A candidata democrata também propõe controlar as empresas que “inflacionam” os preços além do necessário, principalmente no setor de alimentos.
Em questões de saúde, ela quer estender a toda a população um dispositivo que limita o custo da insulina para idosos a US$ 35 (R$ 191) por mês e encontrar uma solução para o problema das dívidas contraídas para pagar tratamento médico.
Kamala sabe que o custo de vida, que continua alto após anos de inflação, está prejudicando politicamente o governo que ela integra com Joe Biden, apesar do crescimento robusto e de um mercado de trabalho sólido.
"Comunismo"
“Camarada Harris está indo a fundo no comunismo!”, reagiu nesta sexta-feira Trump, que é particularmente crítico da ideia de controle dos preços.
“Houve várias tentativas na história de limitar os preços e elas fracassaram porque provocaram filas na frente das lojas, escassez e uma explosão de desigualdade”, criticou o milionário republicano de 78 anos.
A equipe de campanha de Kamala acusa o republicano de preparar benefícios fiscais para “seus amigos ultra-ricos”. Além disso, eles criticam a política de aumento de tarifas promovida pelo ex-presidente porque, segundo eles, isso aumentaria a inflação.
*Com AFP
Edição: Leandro Melito