Na última quinta-feira (8), o Armazém do Campo RJ, espaço de comercialização do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na capital fluminense, foi declarado Patrimônio Cultural Imaterial do Rio de Janeiro.
O projeto, de autoria da deputada estadual Marina do MST (PT), reconhece a importância do local como um polo de promoção da cultura popular e da alimentação saudável.
“O Armazém do Campo é importante por ser um espaço de produção de cultura, de política, organização da classe trabalhadora e de divulgação e propaganda dos produtos da reforma agrária, que são produzidos também na agricultura familiar”, disse a parlamentar.
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Para Ruth Rodrigues, coordenadora do Armazém do Campo RJ, o reconhecimento dos quase seis anos de atuação do espaço de comercialização dos produtos da reforma agrária, impulsiona o trabalho desenvolvido pelo MST no estado do Rio.
“Primeiro, que é uma felicidade muito grande o Armazém do Campo ser declarado e reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Rio. Depois, podermos fazer esse diálogo com a sociedade há quase seis anos, através dos alimentos da agricultura familiar, da Reforma Agrária Popular e também através de outras formas de comunicação como arte e cultura faz com que tenhamos a convicção que outras cidades devem também ter um espaço que pense outras formas de imaginar um mundo melhor”, ressaltou Rodrigues.
A ideia de criação de pontos de comercialização de alimentos da reforma agrária surgiu há quase oito anos no MST a partir da percepção de que era preciso conectar os frutos do trabalho das famílias do campo ao ambiente urbano. Hoje, há mais de 30 unidades em todo o Brasil.
O Armazém do Campo no Rio de Janeiro está localizado na Avenida Mem de Sá, 135, na Lapa, no centro da cidade.
Edição: Jaqueline Deister