Um estudo realizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) verificou que 20, dos 75 prédios públicos abandonados no centro do Rio de Janeiro, não possuem certidão imobiliária. Segundo o relatório, não seria possível a identificação dos responsáveis pelas construções, as quais, em muitos casos, foram ocupadas pela população de rua, por ONGs prestadoras de serviços voluntários e por movimentos sociais de luta pela moradia.
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O prédio do INSS é um desses casos. Há cinco anos a edificação foi ocupada por um grupo de famílias e, desde o ano passado, passou a ser ocupada também por um grupo de camelôs que trabalham, na região central da cidade, mas moram longe e não têm dinheiro para pagar a passagem de retorno às suas residências, situadas em locais da região periférica da cidade.
Segundo informações do portal Diário do Rio, até o momento foram realizadas quatro audiências públicas na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e na Câmara Municipal da cidade (CMRJ), com os moradores da ocupação. Agora, a Prefeitura e os governos Federal e do Estado discutem a retirada das famílias da edificação cuja estrutura está condenada, cheia de lixo e com esgoto correndo sem tratamento.
Edição: Mariana Pitasse