Benefício

Voa Brasil: como vai funcionar o programa que oferece passagens mais baratas para aposentados e aposentadas

Política deve ser ampliada para estudantes de instituições públicas a partir do ano que vem

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Passagens terão valor máximo de R$ 200 - © Imagem de Arquivo/Agência Brasil

O programa Voa Brasil entrou na primeira fase de operação nesta semana. Com previsão de alcançar 3 milhões de passagens aéreas e objetivo de oferecer lugares ociosos por preços mais baixos para idosos e jovens. 

Inicialmente, o projeto vai atender aposentados e aposentadas do INSS. O Brasil tem 23 milhões de pessoas nessa situação, dos quais 95% recebem até dois salários-mínimos. As passagens terão custo máximo de R$ 200 o trecho, sem contar a tarifa de embarque.  

Estão no programa as empresas Azul, Gol, Latam e VoePass. É importante ressaltar que o Voa Brasil não oferece subsídio governamental para a aquisição de passagens. A política opera com base na liberdade de oferta das companhias.   

Segundo o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), no primeiro semestre do próximo ano será lançada a segunda etapa do programa, que vai beneficiar estudantes de instituições públicas de ensino. 

Como acessar 

O benefício já disponível vale para aposentados e aposentadas que não tenham viajado de avião nos últimos 12 meses, independentemente da faixa etária. A compra pode ser feita diretamente na página gov.br/voabrasil

Para entrar no site é preciso usar login e senha da conta Gov.br nível prata ou ouro. Quem tem perfil bronze deve fazer a mudança para a atualização, que garante mais segurança ao processo. 

Os primeiros passos da compra são realizados no próprio site, onde há informações sobre voos com lugares disponíveis. Depois de escolhido o destino, os usuários e usuárias serão direcionados para as páginas das companhias aéreas. 

Cuidado com golpes 

No ano passado, após o anúncio de que o programa seria lançado, foram identificadas tentativas de golpe com uso do nome do Voa Brasil. Grupos criminosos criavam sites falsos para roubar dados e dinheiro de vítimas. 

Os links para as páginas fraudulentas eram divulgados em anúncios e vídeos publicados nas redes sociais. Além disso, os golpistas patrocinavam os sites em mecanismos de busca como o Google.  

No website falso, as vítimas se cadastravam e recebiam informação de que estavam aptas a adquirir as passagens. Depois disso, eram direcionadas a uma guia de pagamento falsa.  

Segundo dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, idosos e idosas são principais alvos de golpistas especializados em crimes cibernéticos no Brasil. No ano passado, esse tipo de violação aumentou mais de 70%.  

Edição: Nathallia Fonseca