Véspera da votação

Exército inicia protocolo de segurança eleitoral na Venezuela com 380 mil militares

Presidente do CNE afirmou que estão acontecendo "ataques permanentes ao processo eleitoral" em campanha midiática

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
O presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano, Elvis Amoroso - FEDERICO PARRA / AFP

Nesta quarta-feira (24), a Venezuela iniciou a implantação do Plano Repúbica em todo o país, com mais de 380 mil militares da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB), para garantir a segurança nas eleições presidenciais do próximo domingo (28). 

“A Venezuela tem o melhor sistema eleitoral do mundo e vamos voltar a colocá-lo em prática neste domingo”, destacou o presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) Elvis Amoroso.

Durante o início oficial do Plano República, Amoroso afirmou que estão acontecendo "ataques permanentes ao processo eleitoral" e denunciou a existência de uma "campanha midiática de destruição" vinda do exterior, "financiada com recursos roubados aos venezuelanos, para que os meios de comunicação internacionais atrapalhem as eleições".

“Aqui está a realidade, a nossa Força Armada Nacional Bolivariana em todos os cantos: mais de 380 mil homens e mulheres destacados hoje em todo o território nacional para garantir a vontade absoluta do povo venezuelano no próximo domingo”, disse.

MP investiga articulação da extrema direita para sabotar eleições

O Ministério Público da Venezuela informou no início de julho que está investigando uma articulação da extrema direita venezuelana com o grupo paramilitar colombiano Autodefensas Conquistadoras de la Sierra (ACSN) para desestabilizar as eleições na Venezuela. A denúncia foi feita pelo próprio grupo colombiano, que afirmou “não se intrometer” em assuntos internos de outros países. 

O procurador da Venezuela, Tarek William Saab, afirmou que as investigações já começaram e apresentou dois vídeos que seriam dos paramilitares colombianos denunciando o plano.

Na suposta declaração, o grupo afirma que a extrema direita foi atrás das unidades no departamento de La Guajira, na fronteira com a Venezuela, para propor um plano de ataques sistemáticos contra a estrutura elétrica do país antes do pleito do dia 28 e a desestabilização política caso Maduro vença.

Segundo o MP venezuelano, o ataque seria feito pouco antes das eleições e visaria a infraestrutura do país e o presidente Nicolás Maduro, que busca a reeleição para o terceiro mandato. Ainda de acordo com Tarek William Saab, caso o mandatário conquiste a reeleição, o grupo iria começar uma confrontação direta, promovendo manifestações violentas em diferentes cidades desde a fronteira até Caracas. O MP venezuelano disse ter contatado o governo colombiano para cooperação nessas investigações.

 

*Com Últimas Notícias

Edição: Leandro Melito