O Irã negou nesta quarta-feira (17) envolvimento em um complô para assassinar o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump. O plano teria sido descoberto pelos Estados Unidos semanas atrás e não teria nenhuma ligação com o ataque a tiros do último sábado (13) durante o comício do candidato.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Nasser Kanani, afirmou que Teerã "rejeita com veemência qualquer envolvimento no recente ataque contra Trump" e chamou de "maliciosas" as acusações da imprensa estadunidense neste sentido, após o ataque no comício.
Segundo a rede de TV CNN, autoridades estadunidenses receberam informações sobre um complô de Teerã contra o ex-presidente, o que levou ao reforço da proteção de Trump. Outros veículos também reportaram o plano.
O Conselho de Segurança Nacional dos EUA informou que rastreia há anos "as ameaças iranianas contra ex-funcionários do governo Trump", uma vez que Teerã buscaria se vingar do assassinato do comandante da Guarda Revolucionária Qasem Soleimani, ocorrido durante a presidência de Trump em 2020. "Consideramos esse um tema de segurança nacional da mais alta prioridade."
O Serviço Secreto dos EUA, por sua vez, informou que recebe "constantemente novas informações sobre potenciais ameaças" e que toma medidas "para ajustar os recursos conforme necessário". A investigação sobre o ataque a tiros de sábado "não identificou vínculos entre o atirador e qualquer cúmplice", ressaltou.
*Com AFP
Edição: Leandro Melito