Novos bombardeios israelenses na Faixa de Gaza mataram 44 pessoas nesta terça-feira (16), informou a Defesa Civil local. Um dos bombardeios foi contra uma escola administrada pela ONU.
"Três massacres ocorreram em menos de uma hora contra deslocados", disse Mahmud Basal, porta-voz da Defesa Civil. Segundo ele, pelo menos 44 pessoas morreram e "dezenas" ficaram feridas, "incluindo casos graves".
Os ataques aconteceram perto de um posto de gasolina de Al Mawasi, a oeste de Khan Yunis, no sul da Faixa; perto de uma rotatória em Beit Lahia, no norte do território palestino e em uma escola administrada pela ONU no campo de refugiados de Nuseirat, no centro.
Pelo menos cinco pessoas morreram no bombardeio contra a escola Al Razi, segundo o Crescente Vermelho palestino, que havia informado sobre oito mortes inicialmente. Israel disse que atacou o local porque o Hamas "aproveita as estruturas civis e [usa] a população como escudo humano".
Reclamações
Nesta terça-feira, autoridades na Faixa de Gaza anunciaram um balanço atualizado de 38.713 mortos no território palestino desde 7 de outubro, início dos ataques israelenses. Ao menos 49 pessoas morreram nas últimas 24 horas, informou o ministério da Saúde de Gaza, em um comunicado, que também menciona 89.166 feridos nos últimos nove meses.
Um dia antes, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, havia afirmado a dois funcionários de alto escalão do governo de Israel que o número de vítimas civis na operação em Gaza é "inaceitavelmente elevado", anunciou seu porta-voz, Matthew Miller. "Continuamos vendo muitos civis mortos neste conflito", enfatizou o porta-voz do Departamento de Estado.
Blinken recebeu em Washington o ministro das Relações Estratégicas de Israel, Ron Dermer, e o conselheiro de Segurança Nacional, Tzachi Hanegbi, e expressou sua "grave preocupação com as recentes vítimas civis em Gaza".
*Com AFP
Edição: Rodrigo Durão Coelho