Entre as eleições de 2016 e 2020, a participação de candidaturas indígenas, nas eleições municipais, aumentou de 1,88% para 2,26% em cidades onde existem áreas demarcadas. Em municípios sem demarcações, houve uma pequena queda de 0,11% para 0,10%. Os dados são do Portal de Dados Abertos do Tribunal Superior Eleitoral (PDA-TSE).
O município de Carnaubeira da Penha, em Pernambuco, onde está localizada a Terra Indígena Pankará, registrou o maior aumento no número de candidaturas indígenas do país, que saltaram de 30% da população local, em 2016, para 70%, na corrida eleitoral de 2020.
O PDA-TSE mostra, ainda, que o Brasil elegeu oito prefeitos indígenas em 2020. Desses, apenas um venceu a eleição em um município onde não há terra indígena demarcada: Ivan Guevara Lopez (PP), que governa Arroio Grande, no Rio Grande do Sul.
Em 2020, somente 2.057 indígenas se registraram no TSE para algum cargo eletivo, 0,35% do total. Dessas candidaturas, 66,89%, ou 1.376, eram homens e 33,11%, ou 681, eram mulheres.
Entre os estados, o Amazonas e Mato Grosso do Sul foram os que mais tiveram registro de candidaturas indígenas em 2020. Entre os candidatos amazonenses, 467 eram indígenas. Ao todo, 202 indígenas se candidataram nas eleições municipais sul-mato-grossense.
Edição: Martina Medina