Começou como uma pesquisa acadêmica. Quando era doutoranda pela École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS), Universidade do Havre, a socióloga Susana Bleil fez um longo trabalho de campo entre os anos de 2000 e 2003 no assentamento Santa Maria, com os sócios da Cooperativa de Produção Agropecuária Vitória Ltda (Copavi), em Paranacity, no noroeste do Paraná. O assentamento tinha sido fundado menos de uma década antes, em 1993.
O trabalho usou ferramentas como análise histórica, entrevistas abertas, histórias de vida e a observação participante. Virou um livro em francês, lançado em 2012, e agora ganha versão em português editada pela Ed. Contracorrente, sob o título “MST: a construção do comum”.
Dois eventos de lançamento acontecem nesta semana: na segunda-feira (15), em Santos, na Realejo Livraria; e na quarta (17), em São Paulo, na Livraria da Vila. A obra também pode ser adquirida pelo site da Contracorrente.
O livro se insere no estudo da “luta pelo reconhecimento”, objeto de pesquisa em Ciências Sociais.
Além de registrar a história de uma das mais bem-sucedidas experiências do MST, Bleil se ampara na sociologia para analisar a complexidade e os desafios de convivência, produção e resistência na luta pela reforma agrária no Brasil. Com seu trabalho etnográfico, a autora revela, em detalhes, o funcionamento da cooperativa, as decisões políticas e as dificuldades da construção coletiva.
Serviço:
Santos
15 de julho – 18h
Realejo Livraria
Avenida Marechal Deodoro, 2 – Gonzaga
Bate-papo animado pela jornalista Cidinha Santos
São Paulo
17 de julho – 18h
Livraria da Vila
Rua Fradique Coutinho - Vila Madalena
Bate-papo animado pelo jornalista Alberto Villas
Edição: Raquel Setz