Oriente Médio

Presidente eleito do Irã promete apoiar Palestina 'contra a ocupação e o apartheid' de Israel

Irã continuará apoiando a Palestina até o cumprimento de todas suas causas e direitos, disse Masoud Pezeshkian

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Masoud Pezeshkian obteve 53%, cerca de 16 milhões de votos - Atta Kenare/AFP

O novo presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, declarou "apoio total" à causa palestina, mantendo a relação de aliança entre os países existente durante o governo de Ebrahim Raisi, morto em um acidente de helicóptero em maio deste ano.

Em carta endereçada ao líder do Hamas, Ismail Haniyeh, Pezeshkian agradeceu a mensagem de felicitação enviada pelo grupo após sua eleição e afirmou  que o Irã "considera que é seu dever humano e islâmico apoiar a nação palestina e sua luta contra a ocupação e o apartheid do regime sionista, e continuará apoiando a oprimida nação palestina até o cumprimento de todas suas causas e direitos e a liberação de Al-Quds (nome árabe da cidade de Jerusalém)".

No início desta semana, o presidente eleito também enviou uma carta ao secretário geral do Hezbolah, Hassan Nasralá, prometendo apoio ao grupo libanês e a outros membros do “eixo de resistência” na região.

Pezeshkian derrotou o diplomata conservador Saeed Jalili no segundo turno das eleições iranianas que ocorreram na última sexta-feira (5). O Ministério do Interior do Irã divulgou os números oficiais no sábado (6), mostrando que Pezeshkian obteve 53%, cerca de 16 milhões de votos, contra 44% de Jalili, com cerca de 13 milhões de votos.

Quem é Pezeshkian? 

Masoud Pezeshkian, 69 anos, nasceu em Mahabad, no oeste do país, próximo às fronteiras com o Iraque e a Turquia. Veterano da Guerra do Golfo, ele é médico cardiologista e foi ministro da Saúde entre 2001 e 2005, no governo de Mohammed Khatami. Pezeshkian também foi parlamentar por 16 anos. 

Considerado um político moderado e reformista, o novo presidente do Irã é crítico das chamadas políticas de moralidade e propõe o relaxamento de algumas normas. Ele também defende que sejam retomadas as negociações sobre o programa nuclear iraniano com as potências ocidentais, como uma forma de aliviar as sanções contra o país. 

*Com Telesur

Edição: Leandro Melito