Os três policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) acusados pela morte do adolescente João Pedro, de 14 anos, foram absolvidos sumariamente pela juíza Juliana Bessa Ferraz Krykhtine. O crime aconteceu em maio de 2020, em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio de Janeiro. A família do rapaz e o Ministério Público do Rio de Janeiro esperavam que os acusados fossem julgados por um júri popular.
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João Pedro Mattos Pinto morreu durante uma ação conjunta da Polícia Federal e Polícia Civil. Na ocasião, o jovem brincava em casa com amigos quando, segundo familiares, policiais chegaram atirando. O menino foi atingido por um disparo de fuzil pelas costas e socorrido de helicóptero, mas não resistiu.
Os agentes Mauro José Gonçalves, Maxwell Gomes Pereira e Fernando de Brito Meister eram réus no caso, por homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e fútil, e respondiam em liberdade.
Segundo informações do portal G1, o processo chegou às mãos da juíza no dia 29 de abril, para decidir se os policiais iriam a júri popular. No entendimento da magistrada, da 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, no entanto, os três agiram em legítima defesa. A decisão foi divulgada na última terça-feira (9).
Neilton da Costa Pinto, pai de João Pedro, anunciou que vai recorrer. “Não concordo com essa decisão da juíza. Não pode ser normal efetuar vários disparos dentro de um lar familiar, de pessoas de bem, e depois de 4 anos a Justiça achar que isso é normal. Os réus têm que ser responsabilizados pela Justiça", disse ao G1.
Edição: Mariana Pitasse