Rio de Janeiro

Vigília

Após mobilização de petroleiros, Petrobras cria comissão para discutir planos de previdência

Aposentados e pensionistas estão acampados desde 20 de junho em frente ao Edifício Senado (Edisen), no Rio de Janeiro

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
O acampamento, chamado de vigília pelos manifestantes, está sendo construído desde 20 de junho - Divulgação

Nesta terça-feira (2), aposentados e pensionistas da Petrobras receberam a notícia de que a empresa vai implementar uma comissão para construir uma proposta de plano de previdência alternativo, com o objetivo de acabar com os déficits dos atuais reclamados pelos trabalhadores. 

O anúncio foi feito pela diretora de Assuntos Corporativos da empresa, Clarice Coppetti, após 13 dias de acampamento montado pelos aposentados e pensionistas em frente à atual sede da Petrobrás, no Edifício Senado (Edisen), no Rio de Janeiro.

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A comissão terá a participação de representantes dos órgãos reguladores da empresa e da Petros (Sest e Previc), além de uma representação das entidades que integram o Fórum em Defesa dos Participantes e Assistidos da Petros.

A ideia é que a nova proposta acabe com os chamados Planos de Equacionamentos dos Déficts dos PPSPs (PEDs) e que leve em conta as sugestões feitas pelas entidades no Grupo de Trabalho Petros (GT Petros). Nos últimos 10 meses, o GT discutiu alternativas para resolver os problemas estruturais dos planos, de forma a garantir segurança previdenciária a todos os participantes e assistidos e, principalmente, acabar com os equacionamentos dos déficits.

O acampamento, chamado de vigília pelos manifestantes, está sendo construído desde 20 de junho. As barracas foram montadas na passarela de acesso ao Edisen, reunindo petroleiros, além de trabalhadores marítimos e da antiga subsidiária BR Distribuidora, atual Vibra, que foi integralmente privatizada no governo Bolsonaro (PL).

Na próxima quarta-feira (3), a vigília completa duas semanas mobilizando militantes das associações e das entidades sindicais em torno de uma programação que inclui atividades culturais e rodas de conversa sobre soberania, transição energética e agricultura familiar.

“A vigília acontece defesa da vida e da dignidade de mais de 50 mil famílias que estão sendo gravemente impactadas, a grande maioria delas de aposentados e pensionistas cujos benefícios são corroídos pelos descontos abusivos da Petros”, destaca nota da Federação Única dos Petroleiros (FUP).

Edição: Mariana Pitasse