Os moradores da capital gaúcha, ainda em situação de calamidade pelas enchentes, apresentaram pela primeira vez suas intenções de voto à prefeitura desde o início da tragédia climática, em 27 de abril. Segundo pesquisa da AtlasIntel e CNN divulgada nesta quinta (20), o atual prefeito Sebastião Melo (MDB) figura em segundo lugar, com 24,8%. A liderança, com 30,2%, está com Maria do Rosário (PT).
Em terceiro, e com uma porcentagem bem abaixo dos dois primeiros pré-candidatos, está a deputada federal Any Ortiz (Cidadania), com 9,1%. Em seguida vêm a vereadora Comandante Nádia (PL) com 8,5%, a ex-deputada estadual Juliana Brizola (PDT) com 8,2% e o deputado estadual Felipe Camozzato (Novo) com 6,7%.
Empatados com 1,3% das intenções de voto estão o deputado estadual Thiago Duarte (União) e a auxiliar de enfermagem Fabiana Sanguiné (PSTU). Os eleitores que ainda não decidiram em quem votar são 2%, enquanto os que votarão branco ou nulo somam 7,9%.
Com um nível de confiança de 95%, o levantamento tem a margem de erro dois pontos percentuais para cima ou para baixo. A pesquisa foi feita a partir de entrevistas realizadas entre 9 e 14 de junho, com 2.220 pessoas escolhidas por meio do Recrutamento Digital Aleatório (Atlas RDR).
Segundo turno
Apesar da liderança no primeiro turno, a vantagem da petista se inverte no cenário de um segundo turno disputado com o atual prefeito.
Segundo a pesquisa AtlasIntel/CNN, Sebastião Melo aparece com 43,7% das intenções de voto. Já Maria do Rosário, 38,2%.
Eleição sob água
Na madrugada desta quarta-feira (19), a população porto-alegrense que vai decidir, em outubro, quem estará à frente da gestão municipal pelos próximos quatro anos, viu a água invadir - uma vez mais – as residências. A chuva atinge, em especial, a região metropolitana e os bairros da zona norte da cidade.
A volta dos alagamentos acontece três semanas depois que Sebastião Melo, pré-candidato à reeleição, teve seu pedido de impeachment rejeitado pela Câmara Municipal de Porto Alegre.
Apresentado por Brunno Mattos da Silva, secretário-geral da União das Associações de Moradores de Porto Alegre (Uampa), o pedido arquivado acusava o prefeito de “negligência no cuidado das estações de bombeamento e do sistema de drenagem urbana da cidade”.
*Texto atualizado para correção do período de realização da pesquisa.
Edição: Nathallia Fonseca