O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia, na tarde desta terça-feira (18), o julgamento dos cinco suspeitos de envolvimento nos assassinatos da vereadora carioca Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Silva.
Serão julgados Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), e o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido), como mandantes do crime. Eles estão presos preventivamente desde março. Robson Calixto Fonseca, assessor de Domingos Brazão, também será julgado.
Rivaldo Barbosa, delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro, acusado de ser o mentor intelectual dos assassinatos, também entra nesta lista. De acordo com as investigações, ele teria dado orientações para a realização dos disparos contra Marielle, a mando dos irmãos Brazão. Ele também está preso preventivamente desde março.
Ronald Paulo de Alves Pereira, policial militar e apontado como ex-chefe da milícia de Muzema, na zona Oeste do Rio de Janeiro, é suspeito de monitorar a rotina da Marielle Franco para subsidiar o planejamento do assassinato.
Foi ele que identificou que a vereadora estaria na Casa das Pretas, na rua dos Inválidos, em 14 de março de 2018, e “encontrou a oportunidade para a execução do homicídio”. Ele já cumpre pena de dois anos em regime fechado em decorrência de dois processos de homicídio.
A Primeira Turma do STF começa o julgamento às 14h30, com a leitura do relatório pelo ministro Alexandre de Moraes. Depois, a Procuradoria-Geral da República (PGR), responsável por denunciar os nomes à Justiça, em maio deste ano, terá 15 minutos para defender os seus argumentos.
Em seguida, a defesa de cada denunciado faz a sustentação oral. Por fim, os outros ministros votam na seguinte sequência: Flávio Dino, Cristiano Zanin, Luiz Fux e Cármen Lúcia, do mais novo ao mais antigo no STF.
Edição: Nathallia Fonseca