As imagens de mais de 10 câmeras de policiais militares foram enviadas para a coordenadoria de Segurança e Inteligência do Ministério Público do Rio de Janeiro para esclarecer qual foi motivo do tiro que matou a menina Eloáh da Silva dos Santos, em agosto do ano passado, na Ilha do Governador, zona Norte do Rio.
Segundo a investigação da corregedoria da PM, o tiro partiu da arma de um policial. O autor do disparo é o terceiro-sargento André Luiz de Oliveira Muniz. Os laudos periciais confirmaram que foi da arma utilizada por ele, um fuzil calibre 556, série A0142706, que saíram as balas que atingiram fatalmente Eloáh.
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A análise das câmeras ficará por conta da Divisão de Evidências Digitais e Tecnologia (DEDIT) do MPRJ. A informação da conclusão do caso foi publicada inicialmente pelo jornal Extra e confirmada pelo G1.
De acordo com a Delegacia de Homicídios da Capital, o inquérito foi concluído e enviado ao Ministério Público em setembro do ano passado. “As investigações concluíram que o tiro que atingiu Eloah da Silva dos Santos partiu da arma de um policial militar. Ele foi indiciado pelo crime de homicídio qualificado”, informou a Polícia Civil ao G1.
Eloáh brincava no quarto de casa quando o tiro a acertou. A tragédia aconteceu pouco depois de um jovem de 17 anos ser morto pela Polícia Militar no acesso do morro. Moradores protestaram pela morte na Avenida Paranapuã, e barricadas foram incendiadas em protesto. Já havia a suspeita de que um PM que tentava conter essa manifestação fez o disparo.
Edição: Mariana Pitasse