Após 41 dias sem funcionamento, o Mercado Público de Porto Alegre, um dos cartões postais da cidade, será reaberto parcialmente. Às 10h desta sexta-feira (14), os restaurantes do segundo piso do Mercado Público abriram as portas para atendimento ao público, com horário reduzido, até as 15h. As lojas com acesso direto para a rua poderão operar entre 8h e 19h, com entrada somente pela avenida Borges de Medeiros.
A retomada foi definida após reunião entre representantes dos permissionários e da Secretaria Municipal de Administração e Patrimônio (SMAP) na segunda-feira (10). De acordo com o Executivo municipal, na terça-feira (18), demais bancas irão retomar suas operações, mesmo que parte delas ainda permaneça em obras.
Após esta data, o Mercado voltará a funcionar no horário regulamentar, entre 7h30 e 19h, para todas as lojas, mesmo aquelas que ainda estiverem em reforma. O pagamento dos permissionários seguirá suspenso, independentemente da abertura das lojas, em função de acordo já firmado com a prefeitura.
“Estamos devolvendo aos frequentadores do Centro o coração da cidade. Um centro de compras que gera mais de 1.500 empregos diretos e indiretos", analisa o secretário de Administração e Patrimônio, André Barbosa.
A operação de limpeza no Mercado Público, que havia sido iniciada no dia 23 de maio, foi interrompida pelo temporal que atingiu a cidade naquele dia. O serviço foi reiniciado na terça-feira, dia 28. De acordo com reportagem do site Sul 21, a limpeza incluiu a remoção do lodo por meio de hidrojateamento e auxílio de caminhão-pipa, além da desinfecção do local. A Associação do Comércio do Mercado Público Central (Ascomepc) estimou que os primeiros lojistas devem retomar suas atividades na primeira quinzena de junho e reforçou a necessidade de medidas de apoio aos mercadeiros, cujas perdas são estimadas em R$ 30 milhões.
De acordo com Rafael Sartori, presidente da Ascomepc, apenas um dos permissionários possui algum tipo de seguro contra enchente, para proteger seus maquinários, e conseguirá mitigar as perdas. Nenhuma outro loja tinha qualquer seguro, bem como não havia proteção para perdas para o conjunto do Mercado Público.
Fonte: BdF Rio Grande do Sul
Edição: Katia Marko