Agenda política

Lula se reúne com reitores de instituições federais na próxima segunda (10)

Encontro estava previsto inicialmente para quinta (6), mas foi adiado; greve e orçamento entrarão na pauta

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Governo vem enfrentando dificuldades na negociação com Andes e Sinasefe, que não aceitam reajuste zero para 2024 - Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

O presidente Lula (PT) vai se reunir na manhã da próxima segunda-feira (10) com reitores de universidades e institutos federais de ensino superior. O encontro deve tratar de questões orçamentárias e pontos relativos à atual greve de professores e servidores.

O movimento teve início em meados de abril e vive grande acirramento desde a semana passada, quando o governo federal assinou um termo de compromisso com a Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes) prevendo 9% de aumento em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026, mas sem reajuste para este ano, ponto que gera embates com outras entidades do segmento.

O conflito opõe, de um lado, o Proifes e o governo e, de outro, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) e o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe). Estes dois últimos têm pontos diferentes em sua pauta de greve, mas compartilham da rejeição pela previsão de reajuste zero em 2024.

O conflito foi parar na Justiça Federal, que na última semana suspendeu os efeitos do acordo sob o argumento de que o Proifes não teria legitimidade para atuar no caso por não ter registro sindical, o que retiraria da entidade a possibilidade de representar juridicamente a categoria.

O embate viveu um novo capítulo nesta semana: em reunião ocorrida na segunda (4), após o governo negar novamente a possibilidade de reajuste este ano, lideranças do Andes e do Sinasefe se recusaram a sair do prédio do Ministério da Gestão e Inovação (MGI), na Esplanada dos Ministérios, até que uma nova reunião de negociação fosse agendada. O grupo fez uma vigília temporária no local para pressionar o governo e saiu com a previsão de encontros com a gestão nos próximos dias 11 e 14.


 

Edição: Thalita Pires