Em abril deste ano, o município de São Paulo registrou 97 óbitos no trânsito. O número é 70% maior que o mesmo período de 2023, quando 57 pessoas morreram no tráfego da capital paulista.
No acumulado de 2024, entre os meses de janeiro e abril, foram 316 óbitos provocados no trânsito. No mesmo período, em 2023, morreram 271 pessoas, índice 16% menor. O levantamento foi feito pelo Jornal Bicicleta, usando dados do Infosiga, do Departamento Estadual de Trânsito (Detran).
Entre abril de 2023 e o mesmo período de 2024, os atropelamentos de pedestres saltaram de 20 para 34, aumento de 70%; óbitos provocados por motocicletas aumentaram de 26 para 40, variação de 54%; e mortes derivadas por automóveis saíram de 5 para 14; crescimento de 184%.
A vereadora Luna Zarattini (PT), em seu perfil no X (antigo Twitter), criticou o prefeito da capital paulista. “Ricardo Nunes afrouxou as metas de segurança viária, trocando o Sistema Seguro e a Visão Zero por ações pontuais e encerrando o departamento de pesquisa da CET.”
No dia 11 de abril deste ano, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) afirmou que “quase demitiu” o secretário de Mobilidade Urbana e Trânsito, Celso Gonçalves Barbosa, por causa da instalação de radares de velocidade na capital paulista. Segundo ele, a política da atual administração “não é de ficar colocando radar para arrecadação”, mas de “fazer a conscientização.”
A indignação do prefeito veio três dias após a própria gestão anunciar que compraria 1.538 radares de velocidade para a capital paulista. A medida foi adotada após estudo do governo federal, de 2020, que identificou um aumento na violência no trânsito em São Paulo.
Edição: Matheus Alves de Almeida
