No último sábado (27), Dia Nacional das Trabalhadoras Domésticas, um ato foi realizado em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, com o objetivo de exigir a elucidação do assassinato da diarista Vera Maria de Souza Gomes, de 64 anos, morta no início do mês de março no bairro Fonseca, na zona Norte da cidade.
A manifestação foi realizada por um grupo de mulheres no bairro do Ingá, na zona Sul da cidade, onde Vera Maria trabalhava. Cartazes colocados em diversos pontos do bairro pedindo por justiça e demarcando um mês sem respostas sobre o caso.
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A diarista desapareceu em 10 de março, ao sair do prédio onde morava com o marido, no Fonseca, com destino ao Ingá, onde faria um serviço no apartamento de uma ex-patroa. Após 15 dias de buscas, ela foi encontrada morta, em um local de mata, a poucos metros de sua residência.
O corpo foi localizado na segunda-feira (25) durante operação realizada por agentes do Setor de Descoberta de Paradeiros (SDP), com apoio do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar, que usou cães farejadores. Um suspeito foi preso e encaminhado à Delegacia de Homicídios, em Niterói. Após perícia no local, o corpo foi levado para o Instituto Médico Legal, no Barreto.
Os laudos prévios apontaram que não havia marcas de violência física e sexual, indicando a possibilidade de morte natural. Em resposta, familiares contestaram os resultados prévios dos laudos, alegando que houve demora na realização das buscas e acreditam que há indícios de crime. Disseram também que teriam sido orientados a aguardar a apuração dos fatos para não interferir nas investigações.
Segundo informações do jornal O Dia, os agentes chegaram à localização do corpo após analisarem imagens de câmeras de prédios e comércios da região. A diarista costumava caminhar cerca de 1quilômetro até chegar ao local onde embarcava em transportes públicos.
Em nota, enviada ao jornal O Dia, a Polícia Civil do Estado do RJ respondeu que, de acordo com a Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG), o corpo de Vera foi encontrado na segunda-feira (25). A perícia foi realizada no local e um suspeito foi identificado e conduzido à delegacia. A autoridade policial representou pela prisão dele junto ao Plantão Judiciário, que entendeu que não cabia ao órgão a análise, por não se tratar de uma questão de urgência, encaminhando o pedido à Vara Criminal pertinente. Diligências seguem para apurar os fatos.
Edição: Mariana Pitasse