DEFESA DE DIREITOS

CUT da Paraíba cria coletivo LGBTQIA+

Coletivo busca combater discriminação por orientação sexual e/ou identidade de gênero no mundo do trabalho

Brasil de Fato | João Pessoa (PB) |
CUT criou a Secretaria Nacional LGBTQIA+ em outubro de 2023 - Foto: PBH

Na segunda-feira (8), a Central Única de Trabalhadores da Paraíba (CUT-PB) criou, oficialmente, o coletivo LGBTIA+. O objetivo do coletivo é combater o preconceito e a discriminação em razão da identidade de gênero ou orientação sexual no meio sindical e no âmbito do trabalho. O evento de criação aconteceu de forma remota e contou com a participação de representantes de diversos sindicatos da Paraíba e do secretário nacional de políticas LGBTIA+ da CUT, Walmir Siqueira. 

“A secretaria e esse coletivo vêm com atraso, já era pra existir há muito tempo. A CUT apoia os direitos da comunidade LGBTQIA+ e luta contra qualquer forma de preconceito e discriminação”, destacou Tião Santos, presidente da CUT-PB. 

No evento de criação, o secretário nacional de políticas LGBTQIA+, Walmir Siqueira, fez o histórico desde a criação de um coletivo em 2009 até a criação da Secretaria Nacional LGBTQIA+ da CUT. A secretaria foi criada durante o 14º Congresso Nacional da CUT (ConCUT), em outubro do ano passado. Na ocasião, o secretário ressaltou ainda as várias parcerias necessárias para que as demandas da comunidade sejam efetivadas.

Para o coordenador do Coletivo da CUT-Paraíba, Joel Cavalcante, é necessário construir um calendário de reuniões e um planejamento para tornar efetivo o trabalho do coletivo no estado. “Contaremos com a participação de todos, todas e todes aqui presentes e vamos buscar outros sindicatos que não fizeram indicações de nomes, para que o coletivo seja ativo em defesa dos direitos da classe trabalhadora, em especial, dos pertencentes à comunidade LGBTQIA+”, evidenciou.


Evento remoto que criou, oficialmente, o Coletivo LGBTQIA+ da CUT Paraíba. / Foto: Print/Divulgação.

Estiveram presentes no evento representantes do Sindicato dos Trabalhadores e trabalhadoras nos Serviços do Comércio (SEAAC-PB), Sindicato dos Bancários, Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação do Estado da Paraíba (SINTEP-PB), Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Fiação e Tecelagem de João Pessoa (Sindtextil-JP), Sindicato dos Servidores e Servidoras Públicos Municipais do Curimataú e Seridó Paraibano (SINPUC), Sindicato dos Empregados no Comércio da Grande João Pessoa (SINECOM), Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações na Paraíba e da Federação dos Trabalhadores em Serviços Públicos no Estado da Paraíba (FETAM-PB).

O vereador Marcos Henriques (PT) faz parte da direção executiva da CUT-PB e também participou do evento. Ele colocou o seu mandato à disposição e destacou os vários enfrentamentos na Câmara de João Pessoa em relação às pautas de direitos humanos. “Recentemente, combatemos uma lei que queria proibir crianças de irem para as paradas de diversidade. Um absurdo. Nosso mandato defende as pautas de igualdade e diversidade”, destaca o parlamentar. Ele ainda sugeriu a criação de um Observatório da LGBTQIA+fobia na Paraíba, com a finalidade de melhor acompanhar os casos de preconceito, discriminações e demais violências, encaminhando-os aos órgãos competentes pera buscar soluções.



*Com informações da Ascom/CUT-PB

Fonte: BdF Paraíba

Edição: Carolina Ferreira