POLUIÇÃO SONORA

Assembleia Legislativa aprova lei que proíbe fogos de artifício de estampido na Paraíba

Agora, só poderão ser comercializados os chamados 'fogos de vista', que produzem efeitos visuais sem estampido

Brasil de Fato | João Pessoa - PB |
Projeto é importante sobretudo para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e na proteção dos animais - Foto: Prefeitura do Rio

A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), durante a sessão ordinária nesta terça-feira (9), aprovou por unanimidade o Projeto de Lei 1.350/2023, que veda a queima, soltura, comercialização, armazenamento e transporte de fogos de artifício de estampido em todo o estado.

A iniciativa, de autoria da deputada estadual Dra. Paula (PP) em conjunto com o deputado Professor Francisco (Rede), recebeu apoio unânime dos parlamentares, destacando sua importância para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e na proteção dos animais.

A deputada ressaltou a relevância histórica da aprovação da medida, enfatizando seu impacto na saúde e no bem-estar coletivo. "Hoje é um dia histórico para esta Casa. Aqui estamos atendendo a uma causa especial. É uma lei que vem pra defender crianças autistas. O barulho traz perturbações muito sérias, a exemplo de convulsões. São sons que prejudicam. Hoje, todos nós entramos para a história com uma Assembleia humanitária", declarou.

Durante a discussão do projeto, foi apresentada uma Emenda Substitutiva pelo deputado Sargento Neto (PL), concedendo um prazo de nove meses para que os produtores e comerciantes de fogos de artifício se adaptem à nova regulamentação, permitindo uma transição gradual. O parlamentar enfatizou que essa medida foi resultado de um amplo debate promovido pela ALPB, ouvindo diversos segmentos da sociedade civil.

Além disso, o PL estabelece que permanece permitida a comercialização dos chamados 'fogos de vista', que produzem efeitos visuais sem estampido, assim como dos fogos de artifício de estampido fabricados no estado da Paraíba, desde que se destinem a outros estados ou países.

A iniciativa contou com o acompanhamento do Ministério Público, representado pela promotora de Justiça Danielle Lucena, que destacou a importância da conscientização e da evolução da sociedade em prol do bem-estar social. A realização de uma audiência pública prévia, ocorrida em março, permitiu o debate e a contribuição de diversos setores interessados, incluindo fabricantes de fogos de artifício, defensores dos direitos dos animais e grupos ligados às pessoas com Transtorno do Espectro Autista.

 
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Fonte: BdF Paraíba

Edição: Cida Alves