A economia brasileira gerou 306 mil empregos com carteira assinada durante o mês de fevereiro. Foram 2,249 milhões admissões contra 1,942 milhão de desligamentos. O balanço é do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) divulgado nesta quarta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
O resultado superou a geração de vagas de trabalho em janeiro deste ano, quando foram criados 168 mil empregos formais, e também o resultado de fevereiro do ano passado, quando foram geradas 252 mil vagas. De acordo com o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, o saldo superou até as expectativas do próprio governo.
“A perspectiva era que o mês fosse igual ou um pouco melhor do que o ano passado”, disse Marinho. “Ele correspondeu para mais nossas expectativas. O número é importante.”
Os cinco grandes setores da economia registraram saldo positivo em fevereiro. Serviços liderou com 193 mil novos postos de trabalho; seguido pela indústria, 54 mil postos; construção, 35 mil postos; comércio, 19 mil postos; e agropecuária, 3,7 mil vagas.
No mês passado, 24 unidades da Federação registraram saldos positivos de postos de trabalho. O estado com maior saldo foi São Paulo (101 mil postos).
O salário médio de admissão em fevereiro de 2024 foi R$ 2.082,79. Isso é R$ 50,42 menos do que em janeiro — queda de 2,36%.
No acumulado do ano , o saldo de empregos foi positivo em 474,6 mil empregos. Nos últimos 12 meses, o saldo positivo é de 1,6 milhão de empregos.
Inflação
O ministro Marinho aproveitou a divulgação dos dados do Caged para rebater previsões que ligam o crescimento do nível de emprego no país a uma eventual alta da inflação. A subida dos preços, segundo comentaristas econômicos, poderia levar a um aumento da taxa básica de juros da economia nacional, a Selic, determinada pelo Banco Central (BC)
Para Marinho, o começo do ano é atípico, no qual os preços tendem a aumentar mais do que o normal por gastos familiares sazonais. Ele ainda disse que empresários podem colaborar com o controle da inflação planejando sua produção para atender trabalhadores que têm ganho poder de compra.
*Com informações da Agência Brasil
Edição: Matheus Alves de Almeida