Na segunda-feira (25), a Associação dos Trabalhadores do Estado (ATE) da Argentina declarou greve nacional de 48 horas. A decisão foi tomada como forma de protesto contra a possível demissão de um grupo de funcionários do Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa) pelo governo.
Como parte do dia de luta, e diante da ameaça de demissões, além dos trabalhadores da Senasa, a greve afetará o funcionamento dos portos, aeroportos e alfândegas do país.
O secretário-geral da ATE, Rodolfo Aguiar, confirmou a greve e emitiu comunicado criticando o presidente argentino, Javier Milei, pela ameaça de despedir 30 por cento dos trabalhadores da fábrica da Senasa.
Frente a la nueva amenaza de despidos, ATE lanza un paro de 48 horas en el SENASA y paraliza las exportacioneshttps://t.co/ja8AEuVC1l
— InfoGremiales (@InfoGremiales) March 24, 2024
Diante da ameaça da onda de demissões, os trabalhadores da entidade expressaram sua preocupação e exigiram que seus postos de trabalho sejam respeitados.
O anúncio da ATE aconteceu após a oferta de 8% que o governo de Milei fez na discussão do contrato coletivo ser rejeitada.
A mobilização incluirá assembleias e protestos barulhentos nas dependências oficiais e uma marcha ao Instituto de Agricultura Familiar, cujo fechamento foi anunciado pelo governo, incluindo a demissão de pelo menos 900 trabalhadores.
A entidade indicou que o protesto terminará com ato em frente à sede da Secretaria de Agricultura Familiar.
Sobre a discussão do contrato coletivo, o dirigente sindical, Rodolfo Aguiar, afirmou que a proposta do governo é inaceitável e que é uma oferta que constitui o maior ajuste que as receitas do setor público sofreram nos últimos anos. Aguilar advertiu que com esta decisão, o governo empurra para a pobreza dezenas de milhares de trabalhadores do estado.