Na última semana, o boletim da Secretaria de Estado de Saúde do Rio (SES-RJ) sobre a dengue no estado apontou uma tendência de queda de casos prováveis da doença. Também houve uma redução de 16% no número de atendimentos a pacientes nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da rede estadual.
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A região do Médio Paraíba, primeira a apresentar piora da situação epidemiológica, teve redução do número de casos pela segunda edição consecutiva do boletim. Capital e Baixada Fluminense também apresentaram diminuição nos registros da doença. A avaliação leva em consideração os dados registrados entre 18 de fevereiro e 9 de março, que correspondem às semanas epidemiológicas 8 e 10.
“Ainda que os indicadores apresentem tendência de queda, é importante que a população siga atenta aos cuidados e também a sinais e sintomas que possam surgir. A dengue é uma doença febril, aguda e muito dinâmica. Por isso, a necessidade de acompanhamento médico para evitar agravamento dos quadros e, principalmente, óbitos", recomenda a secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello.
O boletim elaborado pelo Centro de Inteligência em Saúde (CIS) da SES-RJ aponta ainda que não foi identificado aumento consistente da taxa de ocupação de leitos no período considerado.
Monitoramento
O Panorama da Dengue faz uso de um modelo de cálculo epidemiológico conhecido como "nowcasting", que leva em conta o atraso de inserção de dados no sistema de vigilância. Com base no modelo de análise, a secretaria de Saúde estima que mais de 24 mil novos casos ainda devem ser registrados para o período.
Até esta terça-feira (26), foram registrados 164.744 casos de dengue no estado e 63 óbitos. Os dados referentes à dengue no estado são atualizados de segunda a sexta-feira, e estão disponíveis no Painel Monitora da SES-RJ, neste link.
O governo estadual informou que destinou 160 leitos de nove unidades de referência para o tratamento da doença, lançou uma ferramenta online para auxiliar médicos no diagnóstico e estabelecer condutas de tratamento e lançou o Observatório da Dengue. A Secretaria de Estado de Saúde também informou que monitora em tempo real os números da doença e instalou o Comitê de Operações Emergenciais para a dengue, que acelera as repostas à epidemia.
Edição: Clívia Mesquita