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BNDES lança chamada pública para projetos em favelas e periferias do Brasil

BNDES Periferias vai investir R$ 50 milhões em projetos com foco na redução da desigualdade e promoção da diversidade

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Coletiva de imprensa para o lançamento do BNDES Periferias realizada na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - Jaqueline Deister/ Brasil de Fato

As favelas e periferias são o foco do novo investimento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Em parceira com a Secretaria Nacional de Periferias do Ministério das Cidades, a instituição lançou, na última quinta-feira (21) o BNDES Periferias. A iniciativa, voltada para a geração de trabalho e renda, educação, cultura e inclusão social, irá destinar R$ 50 milhões não reembolsáveis para projetos de inclusão produtiva urbana em territórios periféricos.

O programa inicialmente tem duas frentes: "Polos BNDES de Desenvolvimento e Cultura" e "Trabalho e Renda da Periferia". Segundo o banco, considerando captações de parceiros privados e públicos, os investimentos totais podem chegar a R$ 100 milhões. 

“Inovar e enfrentar desafios como subir o morro e chegar até a periferia é um dos objetivos do BNDES. O banco não tem histórico de uma relação com a comunidade”, ressaltou Aloizio Mercadante, presidente da instituição, durante coletiva de imprensa para o lançamento do programa. 

Como vai funcionar?

A chamada pública do BNDES Periferias está aberta até o dia 31 de maio para o recebimento de propostas que devem ter o investimento mínimo de R$ 5 milhões (valor total do projeto), incluindo a contrapartida. A ideia é que sejam projetos de alto impacto social.

O banco entrará com 50% do valor necessário e o restante do recurso deverá ser captado. De acordo com a diretoria da instituição, as entidades selecionadas poderão contar com o apoio do BNDES para levantar os outros 50%.

Na primeira frente, “Polo BNDES de Desenvolvimento e Cultura”, serão criados espaços multidisciplinares de inovação, cultura e geração de trabalho e renda. O banco apoiará a implantação de espaços adaptáveis, em territórios periféricos, para integração e oferta de serviços à comunidade, como cursos, práticas esportivas e culturais. Segundo a chamada, cada polo terá característica própria, adaptado para funcionalidades e usos definidos coletivamente pelas comunidades, com base em suas potencialidades e vocações.

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Já no âmbito “Trabalho e Renda da Periferia”, o foco estará no apoio a projetos que visem a realização de capacitação, mentoria e aporte de recursos de “capital semente” para negócios periféricos que priorizem mulheres, jovens e população negra. De acordo com o banco, o objetivo é contribuir para melhoria do resultado dos negócios, ampliação de mercados e acesso a financiamentos. 

“Hoje, estamos abrindo a chamada permanente pública para esse primeiro ciclo, que abrange os polos e a ação de trabalho e renda. Vamos dar apoio para empreendedores, valorizando mulheres, jovens e população negra, prioritariamente”, disse Tereza Campello, diretora socioambiental do BNDES.  

A chamada contempla entidades privadas sem fins lucrativos, que atuem em rede ou não, que tenham experiência na implantação e operação de projetos similares nos territórios selecionados pela iniciativa. Serão apoiadas as favelas e comunidades periféricas incluídas nos municípios identificados pelo Programa Periferia Viva do Ministério das Cidades.

“Vamos reforçar nossa atuação na redução das desigualdades a partir da estruturação de polos culturais e iniciativas para geração de emprego e renda. A periferia precisa de um espaço público, onde você possa, fazer atividade, formação profissional, que tenha equipamentos e um ambiente adequado”, destacou Mercadante. 

Confira aqui a chamada do Fundo Socioambiental do BNDES Periferias e saiba como participar.
 

Edição: Mariana Pitasse