A inflação oficial do país fechou o mês de fevereiro em 0,83%. Isso é quase o dobro da registrada no mês anterior: 0,42%. Os reajustes de mensalidades escolares e a alta dos alimentos foram novamente os que mais pressionaram a alta de preços.
Os dados foram divulgados nesta terça-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Eles compõem o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal medidor da inflação no país.
Os preços do grupo de educação tiveram o maior aumento em fevereiro: 4,98%. Sozinhos, esses itens foram responsáveis por 0,29 ponto percentual do IPCA do mês. Dentro do grupo, a maior contribuição veio dos cursos regulares: 6,13%.
“Esse resultado se deve aos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo”, explicou o gerente do IPCA, André Almeida.
Já no grupo alimentação e bebidas, a alta foi de 0,95%, com impacto de 0,20 ponto sobre o IPCA. Contribuíram para o resultado as altas da cebola (7,37%), da batata-inglesa (6,79%), das frutas (3,74%), do arroz (3,69%) e do leite longa vida (3,49%).
Os itens de transporte subiram 0,72%, puxados pela alta de 2,93% dos combustíveis. Em Comunicação, a alta foi de 1,56%, influenciada pelas altas de TV por assinatura (4,02%) e do combo de telefonia, internet e TV por assinatura (3,29%).
No acumulado de 12 meses, o IPCA soma 4,5%, dentro do limite máximo da meta do Banco Central. No ano, a inflação é de 1,25%.
Nesta terça-feira, o Banco Central divulgou mais uma edição do Boletim Focus, elaborado com base na expectativa de economistas ligados a bancos. De acordo com o documento, o IPCA deve fechar o ano em 3,77%, ou seja, dentro da meta.
Há uma semana, os mesmos economistas projetavam que o IPCA ficasse em 3,76% ao final de 2024.
O mesmo boletim Focus estima que a economia brasileira cresça 1,78% em 2024. Há uma semana, a estimativa era de 1,77%.
INPC
Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve alta de 0,81% em fevereiro, 0,24 ponto acima do resultado observado em janeiro (0,57%). No ano, o INPC acumula alta de 1,38% e, nos últimos 12 meses, de 3,86%.
O índice serve como base para o reajuste do salário mínimo.
*Com informações da Agência Brasil
Edição: Vivian Virissimo