O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) faz uma operação nesta sexta-feira (1º) contra o comércio ilegal de armas e munições da milícia do ex-PM Ronnie Lessa e do ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel. Os dois estão presos por envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
Agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) cumprem cinco mandados de prisão e oito de busca e apreensão expedidos pela 2ª Vara Criminal da Regional de Madureira.
Leia mais: Acusado de desmanchar e descartar carro usado no assassinato de Marielle é preso no RJ
A ação, resultado de uma investigação conjunta do MPRJ e da Polícia Federal, é um desdobramento da Operação Jammer, deflagrada em agosto do ano passado, contra a organização criminosa, liderada por Suel e Lessa, voltada à exploração clandestina de atividades de telecomunicação, televisão e internet.
Desta vez, o MPRJ descobriu que a milícia de Ronnie e Suel não só vendiam "gatonet", como também comercializava armas de fogo, até mesmo de uso restrito, na região de Rocha Miranda, na zona norte do Rio.
Entre os denunciados está Welington de Oliveira Rodrigues, conhecido como "Manguaça", um dos gerentes do "gatonet" de Suel e Lessa. Segundo o MPRJ, a ação penal descreve a dinâmica da compra e venda de diversas armas de fogo, incluindo um fuzil.
A operação desta sexta (1º) teve por base provas obtidas em apreensões realizadas na operação Jammer, que revelaram novos contornos e outros integrantes da organização criminosa, além de provas de mais crimes praticados pelo grupo.
Os mandados foram obtidos pelo Gaeco junto ao Juízo da 2ª Vara Criminal da Regional de Madureira, que recebeu a denúncia, e estão sendo cumpridos por agentes da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) nos bairros de Rocha Miranda, Honório Gurgel, Colégio e Catumbi, na zona norte do Rio.
*Com informações do G1 e do MPRJ
Edição: Clívia Mesquita