A campanha de vacinação contra a dengue começou nesta sexta-feira (9) com foco inicial em crianças de 10 e 11 anos. As doses serão aplicadas em municípios com mais de 100 mil habitantes e que apresentam as maiores taxas de propagação da doença.
Atualmente, o país enfrenta um surto com potencial de atingir recordes históricos. O número de pessoas infectadas se aproxima de 400 mil. A escalada de casos já colocou pelo menos quatro unidades da federação em situação de emergência, Acre, Minas Gerais Goiás e Distrito Federal.
É a primeira vez que uma vacina contra a dengue é incorporada ao calendário nacional e distribuída gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). As regiões que receberam as doses atendem critérios definidos pelos conselhos de Secretários de Saúde (Conass) e de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).
O Ministério da Saúde informou que a campanha vai avançar gradativamente, à medida em que novas doses chegarem ao Brasil. O público-alvo definido para a primeira fase do processo abrange crianças de 10 a 14 anos e a expectativa é concluir essa etapa até março deste ano.
Quem se vacinar precisará voltar aos postos 90 dias depois da aplicação para receber o reforço. A lista dos municípios que estão na campanha pode ser consultada no site do Ministério da Saúde. Clique aqui para acessar.
Educação e apoio da população
Nesta sexta-feira (9), o Ministério da Saúde anunciou uma parceria com o Ministério da Educação para traçar ações direcionadas à comunidade escolar. A ideia é estabelecer estratégias permanentes de enfrentamento e combate à dengue.
Em pronunciamento na terça-feira (6), a ministra da Saúde, Nísia Trindade, pediu que a população adote cuidados para evitar a proliferação de criadouros do mosquito transmissor da dengue dentro de casa.
O mosquito transmissor se prolifera em água parada e 75% dos focos estão em ambientes domésticos. Para eliminar os criadouros é preciso manter caixas d'água fechadas, vedar sacos de lixo, manter calhas limpas e esvaziar recipientes como vasos de planta, pneus, garrafas e potes.
Edição: Rodrigo Durão Coelho