Fundado em 1980 a partir de um encontro histórico no Colégio Sion, em São Paulo, o Partido dos Trabalhadores (PT) faz aniversário no próximo sábado, dia 10 de fevereiro. Neste mesmo dia, há 44 anos, o evento que ocasionou sua fundação reuniu lideranças sindicais, religiosas e de movimentos populares, bem como ativistas da esquerda que haviam retornado do exílio.
Em mais de quatro décadas de história, o PT consolidou-se como a maior organização política do campo progressista no Brasil. Com a eleição de Lula pela terceira vez em 2022, o partido conquistou cinco presidências da República, além de vários governos estaduais e municipais.
Secretário estadual de comunicação do partido em São Paulo, Dheison Silva avalia que o PT está em constante evolução e renovação, processos necessários para que se mantenha forte e relevante no cenário político brasileiro.
"Em 2020, elegeu mais de 560 vereadores e vereadoras jovens pelo Brasil. O PT tem feito essa sua renovação das direções. A gente tem cota de juventude nas direções partidárias. O nosso presidente estadual, Kiko Celeguim foi prefeito por duas vezes, vereador e hoje é deputado federal. É presidente estadual do PT e tem menos de 40 anos de idade. A gente tem vários dirigentes com menos de 40 anos de idade. É o meu caso. Temos a Camila Jara, do Mato Grosso; a Dandara [Tonantzin], de Minas Gerais; a Luna Zarattini aqui em São Paulo fazendo um trabalho excelente…. Então, o PT tem, sim, se renovado", exemplifica.
Parte dessa renovação será vista na disputa da eleição municipal em São Paulo neste ano. Pela primeira vez na história, o Partido dos Trabalhadores não será cabeça de chapa na corrida pela prefeitura de São Paulo. Irá apoiar um candidato forte, da ala progressista, que o partido já vê como potencial para ser vitorioso. O cenário será possível graças a um acordo fechado entre lideranças políticas nas últimas eleições.
"Isso foi um acordo da eleição já de 2022 que a gente fez junto com o presidente Lula, com o ministro [Fernando] Haddad, o Guilherme Boulos, o PT e o PSOL de que o Boulos não seria candidato a governador e que, em 2024, nós apoiaríamos ele na eleição municipal. Então, nós estamos cumprindo esse acordo. Eu tenho certeza de que o Boulos está muito alinhado com a gente. O programa de governo está sendo construído a várias mãos. É um programa de governo amplo e que tem muito da cara do PT. E o Guilherme Boulos já é o candidato que o povo quer", afirma Dheison Silva.
"A gente está muito confiante de que o Boulos vai ganhar a eleição e que foi, sim, uma excelente estratégia. Porque foi o que possibilitou a gente ir pro segundo turno numa eleição tão apertada quanto aquela, que a gente ganhou na capital de São Paulo. Ter um candidato a governador com a pujança que teve o Haddad foi fundamental", relembra o petista sobre a última disputa para o governo de São Paulo em 2022.
Naquela eleição, Guilherme Boulos (PSOL-SP) foi eleito como o deputado federal mais votado por São Paulo. Na disputa pela prefeitura neste ano, ele terá como vice a ex-prefeita da cidade, Marta Suplicy. O retorno dela ao PT foi oficializado na última sexta-feira (02). Sobre as críticas à Marta e a filiação dela por parte da militância, Dheison acredita que são feitas por uma minoria.
"O que a gente viu foi um grande ato. E acolhendo a Marta Suplicy, a nossa eterna prefeita, no PT. Então, foi uma discordância pontual de um grupo, que está pedindo a impugnação da filiação dela, mas que provavelmente isso não vai passar. A ampla maioria das forças políticas do PT e, sobretudo, a militância reconhecem na Marta a importância dela de estar neste pleito municipal", pontua o secretário estadual de comunicação do partido.
A entrevista completa, feita pela apresentadora Luana Ibelli, está disponível na edição desta segunda-feira (05) do Central do Brasil, no canal do Brasil de Fato no YouTube.
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O Central do Brasil é uma produção do Brasil de Fato. O programa é exibido de segunda a sexta-feira, ao vivo, sempre às 13h, pela Rede TVT e por emissoras parceiras.
Edição: Matheus Alves de Almeida