Em meio à explosão de casos de dengue no país nas primeiras semanas deste ano, o governo federal anunciou a criação de um Centro de Operações de Emergência (COE) para reforçar o combate à doença. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (1º) pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, que apresentou o projeto em linhas gerais.
A proposta é reunir autoridades da pasta da Saúde e de outros ministérios do governo para, junto com representantes dos estados e dos municípios, definir estratégias para vigilância e fortalecimento da rede de atenção às pessoas infectadas e realizar as ações. Os mutirões para combate aos focos do mosquito Aedes aegypti, por exemplo, poderão contar com esforços de profissionais destinados por diferentes ministérios.
Nísia Trindade lembrou que o governo já tinha estabelecido, em novembro, uma Sala de Situação para acompanhar a evolução da doença neste período do ano, mais quente e chuvoso – e, por consequência, com maior incidência da doença – na maior parte do país. O COE é um novo estágio.
"O Centro de Operação de Emergência é criado sempre que temos uma situação de preocupação, de alerta ou de emergência. No nosso caso, não se caracteriza uma emergência nacional. Como estamos vendo, a dengue tem apresentado explosão de casos em alguns municípios, sobretudo nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. Consideramos que é importante, neste momento, uma mobilização nacional, um Brasil unido contra a dengue", resumiu Nísia.
O início da imunização contra a dengue pelo SUS traz boas perspectivas futuras, mas a ministra lembrou que as vacinas não apresentarão efeito imediato nesta temporada, até pelo baixo número de doses em comparação à população total do país. O controle imediato da doença passa pelas medidas preventivas e pela resposta rápida dos serviços de saúde às infecções.
"Neste momento, a prioridade onde há situação de emergência é cuidar e continuar a prevenir. Setenta e cinco por cento dos focos estão dentro de casa. Vamos combater esses focos de mosquito e vamos, em caso de doença, não ter automedicação, estar atento para os sintomas de agravamento, dores abdominais, dores fortes articulares, não se automedicar, procurar a unidade básica de saúde", resumiu.
Edição: Rodrigo Durão Coelho