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Carlos Bolsonaro é alvo de investigação da Polícia Federal

Ação faz parte da Operação Vigilância Aproximada que investiga a "instrumentalização" da Abin no governo Bolsonaro

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Carlos Bolsonaro
Carlos Bolsonaro está em seu sexto mandato como vereador na Câmara Municipal do Rio de Janeiro - Renan Olaz/CMRJ

A Polícia Federal cumpre, na manhã desta segunda-feira (29), novos mandados de busca e apreensão em continuidade à Operação Vigilância Aproximada, que investiga o uso ilegal da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitorar ilegalmente autoridades, políticos e jornalistas durante a gestão de Jair Bolsonaro. Entre os alvos nesta etapa está o filho do ex-presidente e vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).

De acordo com informações do Blog de Andréia Sadi no G1, o mandado de busca e apreensão foi autorizado para a residência de Carlos Bolsonaro e também para a Câmara Municipal do Rio de Janeiro. A suspeita é de que assessores do vereador, que também são alvo da operação, pediam informações para o ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem.

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A reportagem aponta que as investigações da PF indicam que a Abin foi usada para beneficiar Flávio e Jair Renan Bolsonaro, também filhos do ex-presidente, em investigações das quais eram alvos.

Ao todo estão sendo cumpridos nove mandados de busca e apreensão em Angra dos Reis/RJ, (1) Rio de Janeiro/RJ (5), Brasília/DF (1), Formosa/GO (1) e Salvador/BA (1).

Nesta nova etapa, a Polícia Federal busca avançar no núcleo político, identificando os principais destinatários e beneficiários das informações produzidas ilegalmente no âmbito da Abin, por meio de ações clandestinas. Nessas ações eram utilizadas técnicas de investigação próprias das polícias judiciárias, sem, contudo, qualquer controle judicial ou do Ministério Público.

De acordo com a PF, os investigados podem responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.

Até o fechamento desta reportagem, Carlos Bolsonaro não havia se pronunciado sobre o caso. 

*Com informações do G1 e PF.
 

Edição: Jaqueline Deister