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Mudanças climáticas já impactam comunidades do Vale do Ribeira (SP), retrata documentário

“Injustiça Climática Vale do Ribeira” foi produzido em parceria com USP e integra pesquisa internacional sobre o tema

Ouça o áudio:

Filme é um dos resultados do projeto “Pesquisa Participativa em Ação: Educação para Justiça Climática no Vale do Ribeira-SP” - Reprodução/Documentário
As mudanças estão ficando, primeiro, mais frequentes e segundo, mais intensas

Com apoio da Universidade de São Paulo (USP), o documentário “Injustiça Climática Vale do Ribeira” traz um retrato de como as populações tradicionais da região são afetadas por eventos climáticos extremos.

Com direção de Daniel Felipe Paiva e roteiro de Érico Pagotto, o curta traz imagens e relatos de moradores sobre como o aumento da frequência e da intensidade das chuvas impactam o acesso a direitos básicos, como serviços de saúde, educação e habitação. O trabalho foi feito conjuntamente com a produtora Moeté Filmes.

Localizado na parte sul do estado de São Paulo, o Vale do Ribeira concentra populações quilombolas, indígenas e caiçara. Os maiores índices de preservação de Mata Atlântica estão nesta região. 

Segundo o roteirista, a população sempre conviveu com mudanças no ambiente, como o nível dos rios. “Mas, o que está acontecendo de diferente hoje é que, com o aquecimento global, as mudanças estão ficando, primeiro, mais frequentes e segundo, mais intensas.”, explica Pagotto.

“Se antigamente a população estava habituada a uma flutuação do nível da água em torno de 5, 6, 7 metros, hoje em dia, eles estão tendo 15 metros, 20 metros em alguns lugares e não têm contingência para isso”, comenta o roteirista em entrevista ao programa Bem Viver desta sexta-feira (26)

O documentário é um dos resultados do projeto “Pesquisa Participativa em Ação: Educação para Justiça Climática no Vale do Ribeira — SP”,  coordenado pela professora e pesquisadora da USP, Sylmara Gonçalves-Dias. O estudo aponta que os impactos das mudanças climáticas atingem com mais intensidade justamente as populações mais vulneráveis. 

:: Semente crioula é sinônimo de resistência para o Vale do Ribeira (SP) ::

A constituição do documentário foi feita a partir de um método que recebeu até um nome pela equipe: “Detetive climático", revela o roteirista, ao mencionar que a proposta foi envolver as crianças da comunidade para “investigar e recontar suas histórias de vida a partir desse novo repertório de informações que o projeto traz”


”Detetive Climático - material didático desenvolvido pelo Núcleo de Pesquisa em Organizações, Sociedade e Sustentabilidade (NOSS) / Reprodução Moeté Filmes

“A gente procurou recolher esses relatos da população de como eles estavam vivendo essas mudanças climáticas e depois desenvolver um material pedagógico junto com as escolas públicas da região que pudesse ajudar as crianças a mapear as transformações no território e entender como elas estavam sendo afetadas pelas mudanças climáticas”. Além desta pesquisa em campo, outra fase do trabalho foi incentivar que as crianças buscassem o relato de familiares mais velhos

“Esse material pedagógico é interessante porque ele tem desde atividades que pedem para a criança ir lá e conversar com o avô, com a avó dela e contar como que era 50, 100 anos atrás, até imagens de satélite do Google, por exemplo, onde ele pode mapear lá o leito do rio perto da casa dele, onde está a casa dele, se tem infraestrutura, se não tem”.

À direita, Érico Pagotto entrevistando o antropólogo Antônio Carlos Diegues para o filme 'Injustiça Climática Vale do Ribeira' / Daniel Paiva

Além do impacto da divulgação do documentário em festivais internacionais e nacionais, outro foco da produção é incentivar a população local a debater o tema. “Permitir que essas comunidades tenham uma melhor compreensão da dimensão das mudanças climáticas globais, de como isso as afeta, para que isso as empodere, inclusive do ponto de vista político, para elas poderem cobrar da sociedade e do Estado os seus direitos”.

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Segundo Pagotto, a expectativa é que “ao longo do ano de 2024, a gente faça uma série de lançamentos em festivais e em eventos voltados à área social ambiental”.


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Edição: Matheus Alves de Almeida