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Alexandre Ramagem é alvo em operação da PF que investiga esquema de espionagem na Abin

Ramagem era diretor da Abin durante o governo Bolsonaro; atualmente é deputado federal e pré-candidato a prefeito do Rio

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Bolsonaro cumprimenta Ramagem durante cerimônia de nomeação para o cargo de diretor geral da Abin - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O deputado federal e pré-candidato a prefeito do Rio de Janeiro, Alexandre Ramagem (PL-RJ), é um dos alvos da Operação Vigilância Aproximada deflagrada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (25). A ação investiga o sistema de espionagem ilegal que se instalou na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Bolsonaro. O parlamentar chefiou o órgão entre julho de 2019 e abril de 2022, e só saiu do cargo para concorrer às eleições.

Ao todo, a Polícia Federal cumpre 21 mandados de busca e apreensão, além de medidas cautelares, prisões, incluindo a suspensão imediata do exercício das funções públicas de sete policiais federais. As diligências de busca e apreensão ocorrem em Brasília/DF (18), Juiz de Fora/MG (1), São João Del Rei/MG (1) e Rio de Janeiro/RJ (1).

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De acordo com a PF, a operação é uma continuação das investigações da Operação Última Milha, deflagrada em outubro do ano passado.

“As provas obtidas a partir das diligências executadas pela Polícia Federal à época indicam que o grupo criminoso criou uma estrutura paralela na Abin e utilizou ferramentas e serviços daquela agência de inteligência do Estado para ações ilícitas, produzindo informações para uso político e midiático, para a obtenção de proveitos pessoais e até mesmo para interferir em investigações da Polícia Federal”, diz a nota da PF. 

A Polícia Federal informou que os investigados podem responder pelos crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.

O deputado Alexandre Ramagem ainda não se manifestou sobre a investigação.
 

Edição: Jaqueline Deister