Diversos países criticaram o ataque realizado pelos EUA e pelo Reino Unido contra alvos do grupo rebelde Houthis no Iêmen que ocorreu na noite desta quinta-feira (11). As principais reações vieram de países considerados rivais de Washington no campo geopolítico. A Rússia acusou os EUA de "distorcer" as resoluções do Conselho de Segurança da ONU e pediu uma reunião urgente da entidade para discutir a ação.
"Os ataques dos EUA no Iêmen são um novo exemplo da distorção, por parte dos anglo-saxões, das resoluções do Conselho de Segurança da ONU e de um total desrespeito pelo direito internacional, em uma escalada na região para alcançar os seus objetivos destrutivos", disse Maria Zakharova, representante da diplomacia russa.
Já a China disse estar preocupada pela escalada de tensão no Oriente Médio e lembrou que o Mar Vermelho, região onde vem ocorrendo ataques, "é uma importante rota de comércio e energia".
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"A China espera coerência de todas as partes envolvidas para desempenhar um papel construtivo e responsável na manutenção da segurança na região", disse Mao Ning, porta-voz da Chancelaria chinesa.
O Irã, país geograficamente mais próximo do alvo da agressão estadunidense desta quinta-feira, condenou "energicamente" o ato e o classificou como "uma infração da soberania e da integridade territorial do Iêmen".
"[Os ataques] estão em harmonia com o pleno apoio dos EUA e do Reino Unido durante os últimos cem dias aos crimes de guerra cometidos por Israel na Faixa de Gaza", disse Nasser Kanaani, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do Irã.
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Segundo o funcionário, "enquanto o regime sionista continua seus ataques e crimes de guerra na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, EUA e Inglaterra, ampliando o alcance de seu apoio ao regime sionista, desviam atenção dos povos do mundo dos crimes deste regime falso, criminoso e agressor".
Alvos estratégicos do grupo rebelde iemenita Houthis foram atacados por bombardeios aéreos na noite desta quinta-feira. A ação estadunidense e britânica veio em represália contra operações dos houthis no Mar Vermelho. O grupo vem reivindicando ataques a embarcações de bandeira israelense em apoio à Palestina e contra as agressões de Israel na Faixa de Gaza.
Edição: Lucas Estanislau