Dez anos após o histórico junho de 2013, o Movimento Passe Livre (MPL), protagonista daquela jornada de manifestações, voltará às ruas no próximo domingo (17) para pedir a gratuidade no transporte público da capital em todos os dias e, também, para protestar contra o aumento da passagem em trens da CPTM e Metrô.
Em entrevista ao Brasil de Fato, o movimento criticou a medida do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que estabeleceu a gratuidade nos ônibus aos domingos e feriados. O MPL entende que a medida será enfrentada como política pública se for estendida a todos os dias da semana, se não se torna uma agenda com fins eleitorais para o atual mandatário do município.
“O Tarifa Zero vem das ruas e não de um palanque eleitoral”, afirma uma integrante do movimento, que pediu para não ser identificada. “A luta por um transporte de qualidade e tarifa zero não vem com esse anúncio, vem de muito antes e vai muito além desse momento de eleição. O MPL existe de 2005, lutando por tarifa zero, mas uma tarifa zero popular, com a população dizendo como esse sistema de transporte deve ser pensado.”
No próximo domingo (17), o Movimento Passe Livre fará um “rolezinho tarifa zero”, com concentração no Theatro Municipal a partir de 13h30. A ideia do grupo é mostrar como a cidade fica mais acessível com a gratuidade no transporte.
“Há muitos anos pautamos a tarifa zero e a população tem dado recados de que esse sistema de lucro aos empresários não está certo, com uma tarifa cada vez mais cara”, conclui a militante do MPL.
O movimento também protestará contra os aumentos nas passagens de trens da CPMT e do Metrô, que saltaram de R$ 4,40 para R$ 5. O anúncio do reajuste foi feito pelo governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) na última quarta-feira (13).
Edição: Rebeca Cavalcante