A chefe do Gabinete de Gestão e Orçamento da Casa Branca, Shalanda Young, enviou uma carta aos líderes do Congresso alertando que os Estados Unidos ficarão sem recursos para fornecer ajuda à Ucrânia até ao final do ano. A informação foi divulgada pela agência Bloomberg.
De acordo com o documento, citado pela agência Bloomberg, sem a aprovação do Congresso de novos fundos para ajudar a Ucrânia, a Casa Branca, até ao final do ano, não será capaz de financiar o fornecimento de armas e equipamento a Kiev, prejudicando assim a capacidade da Ucrânia de conduzir operações militares contra as tropas russas.
"Não temos um pote mágico de finanças para fazer frente a esta situação. Ficamos sem dinheiro - e quase sem tempo", diz um trecho do documento ao qual a agência teve acesso.
De acordo com Young, a falta de ação dos legisladores "colocaria a Ucrânia de joelhos no campo de batalha, o que não só poria em risco os ganhos da Ucrânia, mas também aumentaria a probabilidade de vitórias militares russas".
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A Casa Branca quer que o Congresso dos EUA aprove um pacote de financiamento de emergência, que inclui mais de 61 bilhões de dólares em ajuda à Ucrânia. Os republicanos querem associar a ajuda a Kiev ao financiamento para a segurança na fronteira com o México. As discussões sobre esta questão ainda não levaram a resultados concretos; o Senado dos EUA está programado para entrar em férias de Natal a partir de 15 de dezembro.
O Conselheiro de Segurança Nacional do Presidente dos EUA, Jake Sullivan, por sua vez, confirmou nesta segunda-feira (4) que depois que Washington ficar sem dinheiro alocado para ajudar a Ucrânia, o fornecimento de armas para Kiev será interrompido.
"Não há como evitar a simples aritmética: se não houver financiamento para fornecer armas à Ucrânia, simplesmente não seremos capazes de continuar a fornecer armas à Ucrânia", disse ele aos jornalistas em um briefing.
A falta de clareza sobre o futuro do apoio financeiro e militar à Ucrânia acontece no contexto de especulações sobre o congelamento do conflito e do fracasso da contraofensiva ucraniana. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, admitiu que a contraofensiva do exército ucraniano não atingiu todos os seus objetivos.
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Os líderes ocidentais, bem como o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, apelam à continuação do apoio à Ucrânia. Ao mesmo tempo, admitem que, em particular, o volume de fornecimento de munições sendo inferior ao prometido neste momento.
No último domingo (3), Stoltenberg alertou que a aliança militar ocidental deveria estar preparada para as más notícias da frente ucraniana. De acordo com ele, "as guerras desenvolvem-se em fases". "Temos que apoiar a Ucrânia tanto nos bons como nos maus momentos", disse ele.
"Também devemos estar preparados para más notícias", acrescentou Stoltenberg, sem dar mais detalhes sobre que notícias poderiam ser essas.
Por outro lado, o presidente russo, Vladimir Putin, assinou um decreto na última sexta-feira que determina o aumento no número de soldados em cerca de 170 mil, chegando a um total de 1,3 milhão de pessoas mobilizadas.
Edição: Rebeca Cavalcante