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Defensoria Pública do Rio tem primeira mulher negra e favelada como ouvidora-geral

Fabiana Silva é militante dos direitos humanos há 20 anos e já atuou como servidora da instituição

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Fabiana Silva tem formação em pedagogia e quer ampliar a presença na Defensoria nos territórios - Reprodução/Redes sociais

Pela primeira vez uma mulher negra e favelada vai ocupar o cargo de ouvidora-geral da Defensoria Pública do Rio de Janeiro (DPRJ). Fabiana Silva foi escolhida pelo Conselho Superior da DPRJ e tomará posse na próxima segunda-feira (4). O cargo tem mandato de dois anos.

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A ouvidoria atende questões como violações de direitos humanos, denúncias de tortura e maus tratos, acesso urgente à leitos, entre outros direitos. A Defensoria oferece assistência jurídica gratuita.

Fabiana Silva, de 42 anos, estará à frente da Defensoria até 2025. Negra, periférica e com formação em pedagogia, a ouvidora-geral eleita é militante dos direitos humanos há 20 anos e já atuou como servidora da instituição durante quatro anos.

Hoje, é coordenadora de Mobilização da Casa Fluminense, que monitora políticas públicas e outras ações governamentais. Para além da técnica e do conhecimento adquirido em anos de carreira, a futura ouvidora afirma ter compromisso em desenvolver um trabalho baseado na empatia, na escuta e na ampliação do acesso à justiça. 

"A minha formação em pedagogia e experiência na luta pelos direitos humanos me possibilita ter um olhar mais amplo para a questão do acesso à justiça. Acredito, também, poder contribuir para difundir ainda mais a atuação da Defensoria através do trabalho e da presença da Ouvidoria nos territórios", disse Fabiana.

A Ouvidoria Externa é um órgão auxiliar da Defensoria e funciona como um mediador entre a instituição e a sociedade civil. A função é desempenhada por pessoas indicadas em lista tríplice pela sociedade civil e eleita pelo Conselho Superior.

Edição: Clívia Mesquita