Rio de Janeiro

PANDEMIA

Assessor da Alerj é preso por intermediar fraude na compra de respiradores da covid-19 para a Prefeitura de Carmo

Polícia Civil e Ministério Público deflagraram 3ª fase da Operação Éolo e cumprem sete mandados de prisão

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Aparelhos foram adquiridos em 2020, após Alerj autorizar verba emergencial de R$ 1 milhão - Arquivo/ Agência Petrobras

A Polícia Civil e o Ministério Público cumpriram nesta sexta-feira (10) mandados de prisão e de busca e apreensão por fraudes na compra de respiradores mecânicos para pacientes da covid-19. Os aparelhos foram adquiridos em 2020, após a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) autorizar verba de R$ 1 milhão para uso emergencial na pandemia.

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Entre os municípios envolvidos, está a Prefeitura de Carmo, ao norte da região serrana do estado, que adquiriu os respiradores. Após receber denúncia, a polícia instaurou um inquérito e apurou que os equipamentos estavam superfaturados, no dobro do preço, e vieram danificados, ou seja, não funcionavam. A prefeitura foi notificada, sendo feita a devolução dos aparelhos.

Nesta terceira fase da "Operação Éolo", os agentes cumprem sete mandados de prisão e dez de busca e apreensão nos bairros do Recreio dos Bandeirantes e Barra de Guaratiba, na zona oeste do Rio, e também nos municípios de Mangaratiba, São João de Meriti, Nilópolis, Mesquita, Laje do Muriaé e Carmo. Até o momento, cinco pessoas foram presas.

A investigação aponta fraude na licitação para a compra dos aparelhos. Segundo a denúncia, a empresa que supostamente venceu, também apresentou as propostas das empresas "concorrentes". O esquema foi intermediado por Rui Tomé de Souza Aguiar, preso nesta manhã e que na época era assessor da presidência da Alerj e agora estava lotado no gabinete do deputado estadual Andrezinho Ceciliano (PT).

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Segundo o MP-RJ, o esquema que resultou em contratação fraudulenta beneficiou diretamente as empresas Sheridan Rio Comércio e Serviços Eirelli, XSM Distribuidora e Nova Pisom. Todas usadas para simular a concorrência e fraudar a dispensa de licitação.

Também foram presos Alex Sachi da Silva, Jubert Silva Cardoso, Nielsei Souza de Melo e Thiago Cardoso de Castro. Já o ex-prefeito do Carmo Paulo César Ladeira (PT).

Os presos responderão, entre outros crimes, por corrupção ativa e passiva, peculato, contratação direta ilegal, fraude nos contratos de licitação e lavagem de dinheiro.

Edição: Eduardo Miranda