A Assembleia Legislativa do Estado do Rio Janeiro (Alerj) instalou uma frente parlamentar para acompanhar a retomada do Polo GasLub de Itaboraí, localizado na Região Metropolitana. A expectativa é que a retomada do antigo Complexo Petroquímico (Comperj) gere emprego, renda e arrecadação para o município.
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Uma reunião no plenário da casa legislativa na última quarta-feira (25) marcou o lançamento da frente com a presença de deputados e centrais sindicais como a Federação Única dos Petroleiros (FUP), o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF), a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).
Para a deputada Verônica Lima (PT), que coordena a frente, os investimentos na área de petróleo e gás são um importante pilar para a economia do estado.
“O Governo Federal anunciou a retomada dos investimentos nas indústrias de petróleo, gás e naval e o Estado do Rio tem forte vocação nessa área. Aqui, serão aportados no setor mais de R$ 333 bilhões. Por isso, temos que lutar para que os investimentos signifiquem desenvolvimento e geração de emprego e renda no nosso estado", afirmou.
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Já a vice-coordenadora do colegiado, deputada Zeidan (PT), ressaltou a importância de resgatar o emprego dos trabalhadores que precisaram recorrer à informalidade após a crise no setor. “A nossa missão é garantir, através das empresas de petróleo e gás, o sonho de todo o brasileiro de ter um emprego”, acrescentou.
Também compõem a frente parlamentar os deputados Guilherme Delaroli (PL), Andrezinho Ceciliano (PT) e Célia Jordão (PL).
Emprego
O economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Carlos Takashi, comentou que o estado do Rio concentra as indústrias de petróleo, gás e naval do país. Porém, houve uma redução dos empregos nessa área como consequência da Operação Lava Jato.
“Mas nos últimos tempos ocorreu uma regressão drástica em relação aos empregos formais na indústria naval no Estado. Em 2014, 35,9 mil postos foram ofertados. Já em 2023, este número caiu para 13,8 mil”, pontuou.
Para o coordenador geral do Sindipetro-NF, Deyvid Bacelar, o tema da soberania energética deve ganhar a defesa não somente das categorias envolvidas, mas também de toda sociedade brasileira e políticos.
*Com informações do portal da Alerj
Edição: Clívia Mesquita