A Petrobras anunciou na quinta-feira (19) um novo aumento no preço do diesel vendido pela estatal a distribuidores de combustível. Depois do reajuste de 25% em agosto, a companhia o elevou em mais 6,5% o preço do óleo. São 34% de aumento em três meses.
Em comunicado, a Petrobras informou que o reajuste do diesel está relacionado à alta do preço do produto no mercado internacional: “observa-se uma demanda global sustentada, com expectativa de alta sazonal, resultando em valorização do produto.”
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A própria companhia admitiu que suas refinarias trabalham hoje “no limite da sua otimização operacional”. Mesmo assim, isso não é suficiente para produzir todo o diesel necessário para abastecer a frota nacional. Por isso, a estatal tem realizado “importações complementares” para suprir a necessidade do mercado brasileiro.
De acordo com o economista Eric Gil Dantas, do Observatório Social do Petróleo (OSP), atualmente, entre 25% e 30% do diesel consumido no país é importado. Isso aumenta a exposição do país às variações de preços do combustível no exterior.
A Petrobras informou que sua nova política de preços, adotada pela gestão indicada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tem atingido seu objetivo de evitar o “repasse da volatilidade conjuntural do mercado internacional e da taxa de câmbio” ao consumidor.
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“A estratégia comercial que adotamos na Petrobras nesta gestão tem se mostrado bem-sucedida, sobretudo no sentido de tornar a Petrobras competitiva no mercado e ao mesmo tempo evitar o repasse de volatilidade para o consumidor. Uma prova disto é que ao longo deste ano, mesmo com o valor do brent mais alto que no ano passado, os preços dos nossos produtos acumulam quedas, muito diferente do que aconteceu ao longo de 2022”, afirmou Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, no comunicado.
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No ano, tanto o diesel quanto a gasolina vendidas pela Petrobras acumulam redução de preços: 9,7% e 8,7%, respectivamente.
A Petrobras anunciou uma redução de 4% do gasolina na quinta. Entre 5% e 10% da gasolina consumida no país é importada.
Edição: Rodrigo Durão Coelho