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Polícias do RJ continuam nas comunidades do Chapadão, Cidade Alta e Maré nesta quarta (11)

Governo do Rio divulgou balanço que aponta prejuízo de R$ 18 milhões para facções criminosas

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Policiais retomaram complexo esportivo usado por traficantes como "centro de treinamento" na Maré - Governo do Rio/Rogério Santana

Nesta quarta-feira (11), policiais militares continuam atuando no Complexo da Maré, no Chapadão e nas comunidades da Cidade Alta, Cinco Bocas e Pica Pau para o terceiro dia de operações conjuntas das forças de segurança do Rio de Janeiro. 

O Governo do Estado divulgou que as apreensões de drogas, armas, munições, e carros roubados somam prejuízo de R$ 18 milhões para as facções criminosas. Até a final desta manhã, nove pessoas haviam sido presas, e seis fuzis apreendidos. Desde o início da semana a megaoperação mobiliza mais de mil policiais, quatro aeronaves e 10 veículos blindados das polícias.

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Na última terça (10), agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) retomaram um complexo esportivo na Vila do Pinheiro, na Maré, que vinha sendo usado por traficantes como "centro de treinamento tático". Três suspeitos foram presos, entre eles um adolescente que confessou ter atirado a bomba caseira no ônibus na Avenida Brasil. 

De acordo com o governo, essa é a maior operação já realizada no estado envolvendo tecnologia, aliada à inteligência e investigação para o combate ao crime. No entanto, há relatos de que policiais não estariam com as câmeras corporais nesta quarta (11).

Moradores também denunciam invasões de residências durante as operações. O vídeo de uma moradora da Vila do João mostra como sua casa ficou revirada após a entrada de agentes. A deputada Renata Souza (PSOL) repudiou as violações nas redes sociais.

"Esse é o 3° dia de operação policial na Maré. Já são 3 dias de tensão e medo, com tiroteios intensos e relatos de violações. Os resultados até agora não se mostraram. Enquanto na Barra da Tijuca 47 fuzis foram apreendidos sem nenhum tiro disparado, pra favela sobra o terror", escreveu a parlamentar.

Já a vereadora Mônica Cunha (PSOL) pontuou que a prática de invasão deve ser condenada. "Como se não bastasse o impacto na educação e na saúde, policiais invadiram uma casa e reviraram tudo. Prática antiga, mas não se pode normalizar isso", também criticou.

 

 

Edição: Clívia Mesquita