Os deputados bolsonaristas Rodrigo Amorim (PTB), Alan Lopes (PL), e Filippe Poubel (PL) se envolveram em uma confusão com agentes da Guarda Municipal do Rio de Janeiro e da Polícia Militar durante uma operação de fiscalização na Avenida Brasil na noite da última terça-feira (11).
A Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) realizava uma ação do programa "BRT Seguro" para coibir a circulação de veículos particulares na faixa exclusiva do BRT. A multa para o motorista que invadir a seletiva é considerada gravíssima, no valor de R$ 293,47. A faixa exclusiva para ônibus começou a funcionar no último sábado (7) como preparação para o BRT Transbrasil.
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Em vídeos nas redes sociais, o deputado estadual Rodrigo Amorim aparece intimidando e xingando um funcionário da prefeitura identificado com o colete do programa "BRT Seguro". O parlamentar chega a dar empurrões no agente enquanto questiona a operação. É possível identificar no vídeo que um dos seguranças de Amorim está armado com um fuzil.
Confusão na #blitz da @SeopRJ na Av Brasil pic.twitter.com/mmzfXGDdhr
— Informe RJO (@InformeRJO) October 11, 2023
Os deputados integram a Comissão de Combate à Desordem Urbana da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e, segundo eles, foram checar denúncias de supostas irregularidades na ação da Seop. Por causa da confusão, o trânsito na Avenida Brasil ficou parado na altura da Penha, na zona Norte, até o centro da cidade.
O perfil oficial da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) na rede social "X", antigo Twitter, lamentou o que "profissionais da área de segurança pública foram desrespeitados e humilhados, quando exerciam suas atividades legais". A Seop e a Guarda Municipal disse que os deputados abusaram da sua autoridade, coagindo e ameaçando os servidores públicos.
Rodrigo Amorim está envolvido em outros episódios recentes de violência. Em um deles, virou réu pelo crime de violência política de gênero por ataques contra a vereadora trans Benny Briolly (PSOL), de Niterói. O deputado ficou nacionalmente conhecido por quebrar uma placa com o nome de Marielle Franco, vereadora assassinada em 2018, durante sua campanha para uma vaga na Alerj no mesmo ano.
Edição: Clívia Mesquita