Rio de Janeiro

Desrespeito

No Rio, deputados bolsonaristas ameaçam guarda municipal em ação na Avenida Brasil

Agentes da prefeitura fiscalizavam circulação irregular de veículos particulares na faixa exclusiva do BRT

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Rodrigo Amorim (PTB) empurra agente da Prefeitura do Rio e confusão na Avenida Brasil causa congestionamento; parlamentar está envolvido em outros episódios de violência - Reprodução/Redes sociais

Os deputados bolsonaristas Rodrigo Amorim (PTB), Alan Lopes (PL), e Filippe Poubel (PL) se envolveram em uma confusão com agentes da Guarda Municipal do Rio de Janeiro e da Polícia Militar durante uma operação de fiscalização na Avenida Brasil na noite da última terça-feira (11). 

A Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop) realizava uma ação do programa "BRT Seguro" para coibir a circulação de veículos particulares na faixa exclusiva do BRT. A multa para o motorista que invadir a seletiva é considerada gravíssima, no valor de R$ 293,47. A faixa exclusiva para ônibus começou a funcionar no último sábado (7) como preparação para o BRT Transbrasil.

Leia mais: 

Em vídeos nas redes sociais, o deputado estadual Rodrigo Amorim aparece intimidando e xingando um funcionário da prefeitura identificado com o colete do programa "BRT Seguro". O parlamentar chega a dar empurrões no agente enquanto questiona a operação. É possível identificar no vídeo que um dos seguranças de Amorim está armado com um fuzil. 

 

 

Os deputados integram a Comissão de Combate à Desordem Urbana da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e, segundo eles, foram checar denúncias de supostas irregularidades na ação da Seop. Por causa da confusão, o trânsito na Avenida Brasil ficou parado na altura da Penha, na zona Norte, até o centro da cidade.

O perfil oficial da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) na rede social "X", antigo Twitter, lamentou o que "profissionais da área de segurança pública foram desrespeitados e humilhados, quando exerciam suas atividades legais". A Seop e a Guarda Municipal disse que os deputados abusaram da sua autoridade, coagindo e ameaçando os servidores públicos.

Rodrigo Amorim está envolvido em outros episódios recentes de violência. Em um deles, virou réu pelo crime de violência política de gênero por ataques contra a vereadora trans Benny Briolly (PSOL), de Niterói. O deputado ficou nacionalmente conhecido por quebrar uma placa com o nome de Marielle Franco, vereadora assassinada em 2018, durante sua campanha para uma vaga na Alerj no mesmo ano.

Edição: Clívia Mesquita