A Polícia Civil do Rio de Janeiro encontrou os corpos de traficantes suspeitos de executar três médicos na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, na última quinta-feira (5).
De acordo com a Delegacia de Homicídios, quatro corpos foram localizados: três estavam dentro de um carro na Rua Abrahão Jabour, próximo do Riocentro e outro no segundo veículo na Avenida Tenente-Coronel Muniz de Aragão, na Gardênia Azul.
A polícia confirmou que dois corpos encontrados, um de Philip Motta Pereira, conhecido como Lesk, e outro de Ryan Nunes de Almeida, o Ryan, são de suspeitos de terem participado do ataque contra os médicos ortopedistas no quiosque localizado na Avenida Lúcio Costa.
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Segundo o G1, os outros dois corpos que foram encontrados ainda serão identificados.
A investigação já apurou que dois suspeitos de envolvimento no ataque, Bruno Pinto Matias, o Preto Fosco, e Juan Breno Malta Ramos Rodrigues, o BMW, não estão entre os mortos.
Segundo a polícia, os suspeitos podem ter sido mortos pelo ''tribunal" do tráfico do Complexo da Penha, na zona norte. Isso porque a facção Comando Vermelho (CV), da qual faziam parte, estaria contrariada com a repercussão do caso, já que inocentes morreram.
Engano
Uma linha de investigação da Polícia Civil aponta que os médicos executados na Barra da Tijuca foram baleados por engano. A principal hipótese é de que traficantes teriam confundido uma das vítimas com um miliciano.
Segundo a polícia, o alvo seria Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, filho de Dalmir Pereira Barbosa. Os dois são apontados como integrantes de uma milícia que atua em bairros da zona oeste.
Em 2020, Taillon chegou a ser preso acusado de fazer parte de uma organização criminosa que atuava em Rio das Pedras. De acordo com o jornal O Globo, ele obteve liberdade condicional em setembro deste ano e mora a poucos metros do local do crime, na Avenida Lúcio Costa.
Entenda o caso
Diego Ralf, irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (Psol-SP), e outros três médicos, Marcos de Andrade Corsato, 62 anos, Perseu Ribeiro Almeida, 33 anos, e Daniel Sonnewend Proença, 32 anos, foram as vítimas do ataque a tiros no quiosque, localizado na avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca. Apenas Daniel sobreviveu. Ele foi atingido por 14 tiros, passou por cirurgia e, segundo o último boletim médico, o médico está lúcido, orientado e respira sem a ajuda de aparelhos. Seu quadro é estável.
O ataque ocorreu na madrugada de quinta-feira (5), na ocasião, três homens vestidos de preto desceram de um carro branco, que ficou estacionado do outro lado da rua do quiosque, aproximaram-se dos quatro médicos e efetuaram os disparos, sem anunciar assalto, e fugiram. Toda a ação dura menos de um minuto. Foram mais de 30 tiros.
*Com informações do G1 e O Dia
Edição: Jaqueline Deister