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No Rio, Paes nomeia Chiquinho Brazão para Secretaria Especial de Ação Comunitária

Chiquinho é irmão de Domingos Brazão, investigado por suspeita de envolvimento no caso Marielle Franco

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Nomeação de Chiquinho Brazão já mira articulação para as eleições municipais de 2024 - Foto: divulgação

Nesta semana, o prefeito do Rio Eduardo Paes (PSD) nomeou o deputado federal Chiquinho Brazão (Sem Partido), para a Secretaria Especial de Ação Comunitária.

A nomeação de Chiquinho Brazão aconteceu logo após novas suspeitas sobre o seu irmão e conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão, por envolvimento no caso Marielle Franco e Anderson Gomes.

O nome de Domingos Brazão voltou a ser citado nas investigações sobre os assassinatos de Marielle e Anderson após delação do ex-PM Élcio Queiroz. 

Ao jornal O Globo, o prefeito argumentou que Chiquinho "não tem nenhum envolvimento" nas investigações, e disse que Domingos tem "presunção de inocência e direito à defesa". O chefe do executivo ainda destacou que "cobra a Justiça desde 2018 para que a gente descubra quem matou e quem mandou matar Marielle". 

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Chiquinho Brazão foi eleito pelo União Brasil, mas ingressou com pedido de desfiliação juntamente com a bancada de deputados federais do partido no Rio, que inclui a ex-ministra Daniela Carneiro. Brazão aguarda o aceite da Justiça Eleitoral para ingressar oficialmente no Republicanos. 

De acordo com reportagem do jornal carioca, o novo secretário afirmou que o ato de terça-feira (3) fez parte de um acerto para que o Republicanos apoie a reeleição de Paes em 2024. Segundo Chiquinho, o assunto foi tratado com o presidente estadual do partido, Wagner dos Santos Carneiro, o Waguinho, e também com o presidente nacional do Republicanos Marcos Pereira.

Reação

A vereadora Monica Benicio (Psol), viúva da ex-vereadora Marielle Franco, reagiu à nomeação de Chiquinho. Pelo X, antigo Twitter, a parlamentar disse que “a máscara de democrata de Eduardo Paes não se sustenta e não é de hoje” e criticou “o famoso toma-lá-da-cá do fisiologismo”. 


*Com informações de O Globo e Extra.

Edição: Jaqueline Deister